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Weverton Rocha era “sócio oculto” em esquema de fraudes do INSS, diz PF

Relatório da Polícia Federal associa parlamentar a organização criminosa investigada na Operação Sem Desconto

Weverton Rocha (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - Um relatório da Polícia Federal atribui ao senador Weverton Rocha (PDT-MA) o papel de “sócio oculto” em um esquema de fraudes envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A conclusão consta na nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga a atuação de uma organização criminosa voltada a operações financeiras irregulares.

Segundo a apuração, o parlamentar teria se beneficiado de estruturas financeiras montadas pelo grupo investigado, com uso de interpostas pessoas, incluindo assessores parlamentares. O documento aponta que os recursos ou vantagens obtidos pelo esquema chegariam ao senador de forma indireta, sustentando a engrenagem financeira da organização.

Em um dos trechos citados no documento, a PF afirma: “O senador Weverton teria, segundo a peça de representação da Polícia Federal, atuado: como beneficiário final (‘sócio oculto’) de operações financeiras estruturadas pela organização criminosa, recebendo recursos ou benefícios por meio de interpostas pessoas, alguns seus assessores parlamentares”.

A investigação também descreve o senador como figura central no suporte político do grupo. De acordo com o relatório, Weverton é apresentado como “liderança e sustentáculo das atividades empresariais e financeiras de ANTÔNIO CAMILO”, personagem apontado como um dos principais beneficiários do esquema.

Como elemento adicional, a Polícia Federal menciona a apreensão de um arquivo em formato Excel, localizado em conversas entre Alexandre Caetano e Rubens, ambos funcionários de Antônio, ainda em 2023. O documento, intitulado “GRUPO SENADOR WEVERTON”, é citado como indício relevante para reforçar a hipótese investigativa. Segundo o relatório, “o enriquecimento de ANTÔNIO, portanto, foi viabilizado por suporte político”.

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