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STF e PGR negaram pedido da PF para prender Weverton Rocha

Investigação sobre descontos ilegais em benefícios levou a buscas contra o senador e à prisão de secretário da Previdência

Weverton Rocha (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

247 - A Polícia Federal solicitou a prisão do senador Weverton Rocha (PDT-MA) no âmbito de uma nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira (18), mas o pedido foi rejeitado tanto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça. Apesar da negativa à prisão, o magistrado autorizou o cumprimento de mandado de busca e apreensão contra o parlamentar. As informações são do Metrópoles.

Vice-líder do governo Lula no Senado, Weverton teve a residência em Brasília alvo da operação, que investiga um esquema nacional de descontos ilegais aplicados sobre aposentadorias e pensões do INSS. 

Durante o cumprimento dos mandados, agentes da Polícia Federal apreenderam carros de luxo, armas, dinheiro em espécie, relógios importados, joias e outros bens de alto valor ligados aos investigados. Ao todo, a operação executou 52 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva em endereços localizados em São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e no Distrito Federal.

Segundo as apurações, o senador e pessoas de seu entorno mantiveram contatos frequentes com o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como um dos principais operadores do esquema criminoso. A investigação indica que o lobista teve acesso a estruturas do Ministério da Previdência e transitava com apoio de pessoas ligadas ao parlamentar.

Entre os presos está Adroaldo da Cunha Portal, então secretário-executivo do Ministério da Previdência Social. Filiado ao PDT, Adroaldo foi assessor de Weverton Rocha no Senado e, conforme revelado, recebeu o lobista em uma reunião reservada dentro da sede do ministério. O encontro contou também com a presença de Gustavo Gaspar, ex-assessor do senador e descrito pelos investigadores como um de seus homens de confiança.

Diante da prisão, o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, anunciou medidas imediatas. Em nota, afirmou ter determinado a exoneração de Adroaldo Portal e declarou que o ministério seguirá “contribuindo ativamente com as investigações”.

Já o senador Weverton Rocha se manifestou após a operação. Em nota, disse que recebeu “com surpresa a busca na sua residência” e que, “com serenidade se coloca à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas assim que tiver acesso integral à decisão”.

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