Alvos da PF, Weverton Rocha e nº 2 da Previdência trabalharam juntos no Congresso
Preso no âmbito da investigação que apura fraudes no INSS, Adroaldo Portal foi chefe de gabinete do senador Weverton Rocha
247 - O secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal, teve a prisão domiciliar decretada nesta quinta-feira (18) durante uma nova etapa da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União. A ação investiga um suposto esquema nacional de descontos ilegais aplicados a aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com ramificações em diferentes estados.
Portal tem trajetória no governo federal e no Congresso Nacional. Considerado o número dois da Previdência no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele foi afastado do cargo após a decisão judicial.
Jornalista com mais de duas décadas de atuação no Congresso, Adroaldo Portal ocupou, entre fevereiro de 2023 e maio de 2025, o posto de secretário do Regime Geral de Previdência Social, informa o G1. Antes da operação, exercia a função de secretário-executivo da pasta, sendo o substituto direto do ministro Wolney Queiroz.
A investigação também alcança o senador Weverton Rocha (PDT-MA), para quem Portal já trabalhou como chefe de gabinete. O parlamentar foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos no mesmo dia da prisão domiciliar do secretário-executivo. No currículo de Portal consta ainda a atuação como gestor das equipes de assessoramento técnico da Liderança do PDT na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, função exercida durante a tramitação da última Reforma da Previdência.
Além da passagem pelo Legislativo, Adroaldo Portal ocupou cargos no Executivo federal durante o governo Dilma Rousseff, quando foi chefe de gabinete e secretário-executivo substituto do Ministério das Comunicações. Nesse período, também presidiu o Conselho de Administração dos Correios e integrou o Conselho Fiscal da Telebras.
A Operação Sem Desconto cumpre, ao todo, 52 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva, além de outras medidas cautelares. Segundo os investigadores, o foco é desarticular um esquema que teria causado prejuízos a aposentados e pensionistas por meio de cobranças indevidas nos benefícios pagos pelo INSS.



