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Weverton Rocha nega ligação com fraudes no INSS e reafirma inocência

Senador diz que não há provas contra ele após ação da PF e decisão do STF

Senador Weverton Rocha (PDT-MA) (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

247 - O senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo no Senado, afirmou que não pode ser responsabilizado por supostos crimes a partir de “relações profissionais de terceiros” e voltou a declarar sua inocência no inquérito que apura fraudes em descontos aplicados a benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O parlamentar foi alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal na quinta-feira (18), no âmbito de uma nova fase da Operação Sem Desconto.

As declarações foram divulgadas em nota encaminhada pela assessoria do senador e publicadas originalmente pelo jornal Valor Econômico. No comunicado, Weverton sustenta que não existem elementos concretos que o vinculem ao esquema investigado e diz confiar nas instituições responsáveis pela apuração do caso.

Segundo a Polícia Federal, a operação investiga um esquema de fraudes envolvendo descontos indevidos na folha de pagamento de beneficiários do INSS. Nesta etapa da investigação, foi preso o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal, que ocupava o segundo cargo mais importante da pasta. Portal já havia atuado como chefe de gabinete de Weverton Rocha e foi exonerado após a prisão.

No relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF classificou o senador como “liderança política” e “sócio oculto” das fraudes, além de solicitar a prisão do parlamentar. O pedido, no entanto, não foi acolhido. O Ministério Público Federal (MPF) avaliou que os indícios de participação de Weverton no esquema eram “frágeis” e não demonstravam “vínculo direto” com as irregularidades investigadas.

Relator do caso no STF, o ministro André Mendonça acompanhou o parecer do MPF e negou a decretação da prisão. Na nota divulgada após a decisão, o senador destacou o entendimento da Corte. “Ressalto que a decisão da Corte é clara ao reconhecer a ausência de provas que me vinculem a práticas ilícitas ou ao recebimento de recursos irregulares. Relações profissionais de terceiros não podem ser usadas para me imputar responsabilidade sem fatos concretos”, afirmou.

Weverton também declarou confiança no sistema de Justiça e disse que seguirá colaborando com as investigações. “Confio plenamente nas instituições e no Estado Democrático de Direito, reafirmando meu respeito ao trabalho da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal”, declarou.

Ao final do comunicado, o parlamentar reafirmou que continuará exercendo normalmente o mandato no Senado. “Sigo exercendo meu mandato com serenidade e colaborando para o esclarecimento dos fatos, certo de que a verdade prevalecerá e minha inocência será plenamente reconhecida”, concluiu.

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