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Zambelli segue onerando a Câmara com R$ 521 mil desde que fugiu do Brasil

Mesmo presos ou fora do país, gabinetes continuam ativos e geram gastos vultosos para o erário

Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ EBC)

247 - A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) já custou cerca de R$ 521 mil aos cofres da Câmara dos Deputados desde que deixou o Brasil e teve seus vencimentos e cotas suspensos — segundo dados compilados a partir de recentes reportagens jornalísticas. As despesas referem-se à manutenção de seu gabinete, com pagamento de funcionários e estrutura administrativa, mesmo enquanto seu mandato permanece formalmente ativo.

Embora Zambelli esteja presa na Itália — após condenação do Supremo Tribunal Federal (STF) que aplicou 10 anos de reclusão por crimes de invasão a sistema e falsidade ideológica — e mesmo com a suspensão de seu salário bruto e da verba parlamentar, seus assessores continuam sendo remunerados com recursos públicos, e o gabinete opera com regularidade. 

Estrutura de gastos permanece ativa

O custo mensal do gabinete de Zambelli girou em torno de R$ 103 mil, chegando a cerca de R$ 130 mil em outubro — mesmo sem que ela receba salário ou use cota parlamentar.

Essa manutenção se apoia na interpretação regimental da Câmara, segundo a qual o mandato parlamentar não depende exclusivamente da presença física do titular. Por isso, mesmo ausente, a deputada conta com estrutura de apoio remunerada. 

Ampliação do problema: outros casos semelhantes

Zambelli não é a única parlamentar nessa situação. Juntamente com ela, os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) também mantêm gabinetes ativos mesmo estando fora do país — e a soma dos custos mensais para os três ultrapassa os R$ 400 mil. 

Em levantamento de 2025, considera-se que em menos de dois anos os gabinetes desses deputados consumiram cerca de R$ 3,3 milhões dos cofres públicos.


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