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Energia nuclear ganha protagonismo na COP30

Segundo o presidente da ABDAN, 'o nuclear não é só uma alternativa de energia limpa, é um pilar de estabilidade para um sistema energético descarbonizado'

Rio de Janeiro (RJ), 03/05/2023 – O presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha durante abertura da Nuclear Trade Technology Exchenge (NT2E), maior feira de negócios do setor nuclear, no Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

247 - A energia nuclear ganhou espaço relevante na COP30, realizada em Belém (PA), tornando-se um dos principais temas ligados à transição energética mundial. De acordo com o presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha, "o nuclear não é apenas uma alternativa de energia limpa, é um pilar de estabilidade para um sistema energético descarbonizado".

"O Brasil tem tecnologia, instituições e uma base industrial preparada para fazer dessa fonte uma aliada da segurança energética e da transição verde”, afirmou Cunha.

Na terça-feira (11), o presidente da ABDAN integrou um painel no pavilhão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ao lado de representantes da Itália, dos Emirados Árabes Unidos e da própria agência.

Em sua intervenção, ressaltou que o Brasil já inclui a energia nuclear como componente estratégico de sua agenda climática, citando a incorporação dessa fonte na Política Nacional de Hidrogênio de Baixo Carbono e no Programa de Aceleração da Transição Energética (PATEN).

A ABDAN reúne empresas e instituições, nacionais e estrangeiras, envolvidas em iniciativas ligadas ao setor nuclear no país. A atuação da entidade na COP30 busca aproximar o segmento das discussões internacionais sobre sustentabilidade e inovação, reforçando o engajamento brasileiro em uma transição energética segura, abrangente e duradoura.

Na quarta-feira (12), Cunha esteve no painel “Accelerating Climate Policy: From Evidence to Action Across Sectors”, que reuniu pesquisadores e responsáveis por políticas públicas. Nesse contexto, o presidente da ABDAN apresentou projetos desenvolvidos com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), focados na elaboração de cenários para a inserção de pequenos reatores modulares (SMRs) na matriz energética do Brasil.

O debate sobre energia nuclear na COP30 tem se ampliado entre países e instituições multilaterais, fortalecendo a visão de que essa fonte desempenha um papel decisivo no cumprimento das metas climáticas e na oferta de energia confiável diante da demanda global em expansão.

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