Relembre os ícones da cultura, da fé e do esporte que partiram em 2025
Artistas, escritores e líderes religiosos tiveram trajetórias encerradas ao longo do ano no Brasil e no exterior
247 - O ano de 2025 foi atravessado por despedidas que ocuparam espaço central no noticiário cultural, artístico e religioso. Ao longo dos meses, morreram figuras que tiveram papel decisivo na formação de diferentes linguagens, gêneros e movimentos, deixando obras amplamente reconhecidas no Brasil e no mundo. Levantamento publicado pelo portal F5 reuniu as principais mortes registradas em 2025, envolvendo nomes históricos da música, do cinema, da televisão, da literatura, do esporte e da Igreja Católica, com repercussão nacional e internacional.
Em fevereiro, o cinema perdeu Gene Hackman. O ator morreu aos 95 anos, vítima de uma doença cardiovascular agravada por Alzheimer em estágio avançado. Com uma carreira extensa e premiada, Hackman ficou marcado por atuações em filmes como Operação França, Os Imperdoáveis e Mississippi em Chamas, tornando-se referência para gerações de intérpretes.
Em abril, foi anunciada a morte do papa Francisco, aos 88 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Primeiro papa latino-americano da história, ele imprimiu ao papado uma agenda voltada a reformas institucionais, ao diálogo inter-religioso e à aproximação com grupos historicamente marginalizados dentro da Igreja Católica.
O mês de maio marcou a despedida de Nana Caymmi. A cantora morreu aos 84 anos, no Rio de Janeiro, após permanecer internada desde agosto de 2024 para tratar uma arritmia cardíaca. Dona de um timbre reconhecido e de interpretações intensas, construiu uma obra marcada pela profundidade emocional e pela leitura singular de clássicos da música brasileira.
Em junho, morreu Francisco Cuoco, aos 91 anos, também no Rio. Ícone da televisão brasileira, o ator construiu uma trajetória de cerca de seis décadas no teatro, no cinema e principalmente nas novelas, consolidando-se como um dos rostos mais conhecidos da teledramaturgia nacional.
Julho concentrou perdas de grande repercussão. No dia 20, morreu Preta Gil, aos 50 anos, nos Estados Unidos, em razão de complicações de um câncer no intestino. Cantora e empresária, ela enfrentava um longo tratamento e se destacava pela presença pública, pela comunicação direta com o público e pelo engajamento em pautas sociais. Dois dias depois, o rock mundial perdeu Ozzy Osbourne. Aos 76 anos, o fundador do Black Sabbath morreu em Buckinghamshire, no Reino Unido, após uma parada cardíaca. Diagnosticado com doença de Parkinson havia seis anos, o músico era considerado um dos principais nomes da história do heavy metal.
Agosto trouxe novas despedidas. No dia 8, morreu Arlindo Cruz, aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Um dos maiores compositores e intérpretes do samba, ele convivia desde 2017 com as sequelas de um AVC. Ainda no fim do mês, em 30 de agosto, morreu o escritor Luis Fernando Verissimo, aos 88 anos, em Porto Alegre. Cronista, humorista e romancista, ele se notabilizou por um humor refinado, usado para observar o cotidiano, a política e os costumes da sociedade brasileira.
Setembro foi marcado por uma sequência de mortes. No dia 8, morreu Angela Ro Ro, aos 75 anos, após o agravamento de uma infecção pulmonar. Com voz marcante e personalidade intensa, deixou canções que se tornaram referências da música brasileira, como Amor, Meu Grande Amor. No mesmo mês, o jornalismo esportivo perdeu Paulo Soares, o Amigão, apresentador e narrador da ESPN, que morreu aos 63 anos, em São Paulo, por falência múltipla dos órgãos.
Poucos dias depois, em 28 de setembro, morreu a atriz Berta Loran, aos 99 anos, no Rio de Janeiro, encerrando uma trajetória de quase um século dedicada ao humor e à dramaturgia. O mês também ficou marcado pela morte de João Paulo Mantovani, conhecido como JP Mantovani, aos 46 anos, vítima de um acidente de moto na Marginal Pinheiros, na região da Cidade Jardim, em São Paulo.
No cenário internacional da música, morreu Jimmy Cliff, aos 81 anos, após sofrer uma convulsão seguida de pneumonia. Um dos principais nomes do reggae, foi responsável por projetar o gênero jamaicano globalmente e mantinha uma relação próxima com o Brasil, onde viveu em Salvador, teve uma filha e realizou parcerias com artistas como Olodum, Margareth Menezes e Titãs.
Em novembro, a música brasileira voltou a registrar uma perda relevante com a morte de Lô Borges, aos 73 anos, em Belo Horizonte. Integrante fundamental do Clube da Esquina, ele deixou composições que atravessaram gerações e ajudaram a moldar a MPB, como Paisagem da Janela e O Trem Azul.



