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Abertura de 500 mercados reforça presença global do Brasil, afirma Mauro Vieira

Diplomacia econômica impulsionada por Lula amplia exportações e pode gerar até US$ 33 bilhões adicionais nos próximos cinco anos

Chanceler brasileiro, Mauro Vieira 17/03/2024 (Foto: Mohamad Torokman/Reuters)

247 - A expansão da presença do Brasil no comércio internacional, com a abertura de 500 novos mercados para produtos da agropecuária entre 2023 e 2025, foi destacada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, como resultado direto da atuação diplomática do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o chanceler, a estratégia de inserção internacional tem fortalecido a imagem do país e ampliado oportunidades comerciais em diferentes regiões do mundo.

As informações foram apresentadas por Mauro Vieira durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, exibido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com reportagem da Agência Gov. De acordo com os dados divulgados, os novos mercados, distribuídos em mais de 80 países, já geraram US$ 3,4 bilhões adicionais em exportações e têm potencial de elevar esse valor para até US$ 33 bilhões nos próximos cinco anos.

Durante a entrevista, o ministro ressaltou o papel central do presidente Lula na promoção internacional do Brasil. “O presidente Lula é o maior divulgador do Brasil e isso é desde o seu primeiro mandato. Ele, agora no terceiro mandato, teve um número inacreditável. Ele teve mais de 60 encontros diretos, presenciais, com chefes de Estado estrangeiros”, afirmou. Segundo Vieira, esses contatos ocorreram tanto em visitas oficiais ao Brasil quanto em agendas internacionais no exterior, ampliando a visibilidade do país em diferentes fóruns globais.

O chanceler destacou ainda que, nessas interações, Lula apresenta o Brasil como defensor da paz, da cooperação internacional e do multilateralismo. “Ele leva o Brasil como um país que defende a paz, cooperação e entendimento entre as nações, o multilateralismo, todas as iniciativas que dizem respeito ao fortalecimento das instituições multilaterais internacionais e, além disso, ele é um vendedor do Brasil, também abrindo mercados”, explicou.

Como exemplo concreto dessa estratégia, Mauro Vieira citou a viagem presidencial ao Sudeste Asiático, realizada em outubro, com foco no fortalecimento das relações comerciais com países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). “O Brasil, no terceiro mandato do presidente Lula, passou a ser parceiro de diálogo da Asean e nós vamos evoluir para a categoria mais alta, que é de parceiro da Asean”, disse. Ele lembrou que a Indonésia, atual presidente do bloco, possui cerca de 280 milhões de habitantes e convidou Lula como participante especial da cúpula.

O avanço das exportações para esses novos mercados contribui para a projeção de um novo recorde em 2025. As estimativas oficiais do governo brasileiro apontam para US$ 345 bilhões em exportações e US$ 629 bilhões na corrente de comércio ao longo do ano, impulsionadas principalmente pela diversificação de destinos e produtos.

Outro ponto enfatizado pelo ministro foi o papel da pesquisa e da inovação agrícola no fortalecimento da competitividade brasileira. “Fazemos um trabalho muito grande de divulgação dos produtos brasileiros. Há um grande interesse no mundo inteiro pela segurança alimentar e, nisso, o Brasil também tem um grande exemplo a dar”, afirmou, ao destacar a atuação conjunta do Itamaraty com a ApexBrasil e a Embrapa. Sobre a empresa de pesquisa, Vieira acrescentou: “Foi graças à Embrapa que o Brasil chegou a ser o maior exportador, por exemplo, de carne neste momento, e se não é o primeiro, o segundo maior exportador em uma série de grãos”.

Mauro Vieira também antecipou as próximas agendas internacionais do presidente Lula, previstas para o início de 2026, com visitas à Índia, Coreia do Sul e Alemanha. Segundo ele, a política externa brasileira seguirá focada na defesa do multilateralismo e das regras internacionais de comércio. “O Brasil é um país que é um ator global. Nós temos relações diplomáticas estabelecidas com todos os outros 192 países membros da ONU”, declarou, reforçando a importância de instituições como a Organização Mundial do Comércio para garantir previsibilidade e equilíbrio nas relações comerciais internacionais.

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