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Economia

Bolsonaro e Araújo boicotaram reunião de ministros da América Latina em que China ofereceu US$ 1 bilhão para vacina

O governo Jair Bolsonaro boicotou encontro entre chanceleres latino-americanos e a China no qual Pequim ofereceu US$ 1 bilhão para permitir a governos da região acesso às vacinas produzidas pelo gigante asiático. Ataques aos chineses, maiores parceiros comerciais do Brasil, deixaram o País sem rumo na proteção do seu povo na crise da Covid-19

(Foto: ABR | Reuters)
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247 - O governo Jair Bolsonaro boicotou um encontro entre chanceleres latino-americanos e a China, em julho do ano passado, quando estava em pauta o acesso da região às vacinas que seriam produzidas no país asiático e o anúncio de uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para permitir que os governos da América Latina pudessem ter acesso a imunizações. Nenhum representante do governo Bolsonaro foi à reunião. 

De acordo com diplomatas em Pequim, a decisão de não aderir à coordenação entre chanceleres latino-americanos e a China foi recebida como um sinal de que o governo Bolsonaro não estava interessado em negociar um maior acesso a vacinas ou insumos.

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O México ficou responsável pela organização do evento na América Latina e confirmou ter feito um convite ao Itamaraty. O governo mexicano afirmou que a chancelaria brasileira sequer explicou o motivo pelo qual não participaria do encontro, liderado pelo secretário de Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, e pelo chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi.

A reunião teve a presença dos chanceleres de Argentina, Barbados, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, Panamá, Peru, República Dominicana, Trinidad e Tobago, e Uruguai.

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A informação é da coluna de Jamil Chade, nesta sexta-feira (22), no momento em que o governo brasileiro tenta retomar laços diplomáticos com a China para a importação de insumos voltados à produção de vacinas contra a Covid-19. O país anunciou apoio ao Brasil para a compra de insumos

Membros do governo admitem agora que os ataques do clã presidencial ao país asiático prejudicaram as negociações. Bolsonaro já teria pedido o Itamaraty uma conversa com o presidente chinês, Xi Jinping.

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Diante dos atuais conflitos diplomáticos em um contexto da maior crise na saúde pública brasileira, Bolsonaro já estaria avaliando adiamento a demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, por não encontrado uma saída honrosa, sem prejudicar a imagem ainda mais a imagem do governo. 

Até a imprensa tradicional, que apoiou o atual governo, já pediu o afastamento do chanceler, a exemplo da colunista do jornal O Globo Miriam Leitão e, por meio de editorial, o jornal Folha de S.Paulo. 

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Ataques

Um dos ataques do clã presidencial aconteceu em outubro, quando Bolsonaro disse que o governo não compraria vacina da país asiático. "Alerto que não compraremos vacina da China", afirmou.

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Em novembro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que governo do seu pai declarou apoio a uma "aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China".

Em nota, a embaixada chinesa no Brasil classificou a postagem do parlamentar como "totalmente inaceitável para o lado chinês e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento"

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Atualmente, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global de casos de coronavírus (8,6 milhões), atrás de Índia (10,6 milhões) e Estados Unidos (25,1 milhões), de acordo com a plataforma Worldometer.

O governo brasileiro também registra a segunda maior quantidade de mortes (214 mil) provocadas pela pandemia. Os EUA têm o maior número de óbitos (420 mil). 

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