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Deyvid Bacelar diz que petroleiros precisam se ‘reagrupar em 2026’ e cita algumas reivindicações

O coordenador da FUP fez críticas às 'contribuições extraordinárias' determinadas no plano de previdência dos petroleiros

Deyvid Bacelar (Foto: AGÊNCIA CÂMARA)

247 - O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, afirmou nesta terça-feira (30) que “agora é tempo de a categoria se reagrupar porque teremos negociações importantes em 2026, a respeito da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), do novo plano de cargos e salários e a negociação que será feita sobre os PEDS assassinos no Tribunal de Contas da União”.

“Os PEDs, que buscam equilibrar o déficit atuarial do plano de previdência dos petroleiros, impõem a cobrança de contribuições extraordinárias de seus participantes, com valores muito elevados, que penalizam a categoria”, escreveu o dirigente na rede social X.

Segundo o coordenador da FUP, “a maior conquista dessa greve foi quebrar a blindagem que havia na gestão da presidenta Magda (Chambriard, da Petrobrás), diante do governo do presidente Lula”.

“A força da greve da categoria petroleira demonstrou a capacidade de mobilização e de negociação da FUP, que garantiu avanços significativos para os três eixos de nossa campanha reivindicatória, para o fim dos PEDs assassinos, para o Acordo Coletivo de Trabalho e para a pauta pelo Brasil Soberano”.

Entenda

As assembleias realizadas na manhã desta terça-feira (23) nas bases do Sindipetro Unificado confirmaram o indicativo do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) pela aceitação da contraproposta apresentada pela Petrobrás e suas subsidiárias e pela suspensão da greve nacional da categoria. A decisão encerra um movimento que durou nove dias e que mobilizou trabalhadores de todo o Sistema Petrobrás, com adesão considerada elevada pelas entidades sindicais.

As votações ocorreram em diferentes unidades e regiões, conforme calendário previamente divulgado. Em Campinas, a assembleia da Refinaria de Paulínia (Replan), que também reuniu trabalhadores da Transpetro e da TBG, foi realizada às 9h, na sede regional do sindicato, no bairro Jardim Chapadão. No mesmo horário, em Mauá, ocorreu a assembleia da Refinaria de Capuava (Recap), igualmente com participação de empregados da Transpetro, na sede regional do Sindipetro Unificado, na Vila Bocaina. Ao longo do dia, também houve assembleias nos escritórios, terminais, usinas termelétricas e bases no interior de São Paulo e em outros estados.

As assembleias contaram com forte presença da categoria e refletiram o entendimento majoritário de que a contraproposta negociada durante a greve representou avanços em relação às propostas anteriores da empresa. Com a deliberação desta terça-feira, a Greve Nacional Petroleira, iniciada no dia 15 de dezembro, foi oficialmente encerrada, ficando a suspensão do movimento condicionada à assinatura do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

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