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Governo Lula aposta em injeção de renda no início de 2026

Planalto aposta em sequência de medidas voltadas à população de baixa renda para gerar efeitos econômicos imediatos e alavancar a popularidade

Presidente Lula durante entrevista coletiva à imprensa. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

247 - Integrantes do governo federal avaliam que o início de 2026 será marcado por uma sequência de medidas voltadas à população de menor renda, com potencial de gerar efeitos econômicos imediatos e reflexos políticos relevantes. A estratégia combina transferência direta de recursos, ampliação de benefícios sociais e desoneração tributária, com impacto esperado sobre milhões de brasileiros. As informações são da Folha de São Paulo.

A principal aposta do Palácio do Planalto é a entrada em vigor da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês. A medida deve representar um aporte superior a R$ 20 bilhões na economia ao longo de 2026, ao ampliar a renda disponível de trabalhadores formais.

Além da mudança no Imposto de Renda, o governo prevê para fevereiro a liberação de um saque de R$ 1.000 do programa Pé-de-Meia para estudantes que concluírem o ensino médio. O benefício integra a política de estímulo à permanência escolar e também funciona como reforço financeiro direto para jovens de famílias de baixa renda.

Outro eixo do pacote envolve a expansão de políticas já existentes. O programa Gás do Povo terá ampliada a concessão de botijões gratuitos, enquanto a tarifa social de energia elétrica passará a alcançar famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda entre meio e um salário mínimo. Apenas no caso da conta de luz, a expectativa é que cerca de 55 milhões de pessoas sejam contempladas com descontos.

Interlocutores do governo avaliam que a combinação dessas iniciativas pode acelerar a recuperação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com maior circulação de renda entre os estratos mais pobres da população, a percepção interna é de que o chefe do Executivo tende a entrar no período eleitoral em uma posição mais favorável, sustentado por resultados concretos de políticas sociais e econômicas direcionadas à base da pirâmide de renda.

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