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Incerteza econômica recua em novembro e mantém cenário favorável

Indicador da FGV cai pelo terceiro mês seguido, puxado por melhora nas expectativas

Incerteza econômica recua em novembro e mantém cenário favorável (Foto: Agência Brasil )

247 - O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) apresentou novo recuo em novembro, marcando 107,6 pontos, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (data não informada) pela Fundação Getulio Vargas. Os dados, publicados originalmente pela IstoÉ Dinheiro, mostram que o movimento é parte de uma trajetória de estabilização observada nos últimos meses.

Em nota, a economista Anna Carolina Gouveia, do Ibre/FGV, explicou que a queda foi impulsionada sobretudo pela melhora nas projeções econômicas. “O indicador de incerteza recuou em novembro influenciado, principalmente, pelo componente de Expectativas. O componente de Mídia, por sua vez, ficou relativamente estável, embora reflita diferentes fatores geradores de incerteza”, afirmou. Ela destacou ainda que, segundo uma análise de nuvem de palavras baseada nas notícias usadas no indicador, a incerteza esteve mais associada aos debates sobre a COP30 e a temas climáticos.

A economista ressaltou que o índice permanece em um nível considerado confortável — abaixo dos 110 pontos — pelo terceiro mês consecutivo. Em suas palavras, “em médias móveis trimestrais, o Indicador de Incerteza registra trajetória de queda ao longo do ano, sinalizando uma redução das incertezas econômicas em 2025. A tendência poderá se manter nos próximos meses, caso os indicadores econômicos continuem apresentando sinais positivos”.

Componentes do indicador

O IIE-Br é composto por dois eixos principais:

IIE-Br Mídia, que monitora a frequência de notícias que mencionam incerteza nos principais jornais do país;

IIE-Br Expectativas, que avalia a dispersão das previsões de analistas para variáveis como taxa de câmbio e IPCA.

Em novembro, o componente de Mídia ficou praticamente estável, registrando leve queda de 0,1 ponto, para 111 pontos, contribuindo de forma marginal para o resultado agregado.

Já o componente de Expectativas apresentou recuo mais expressivo, de 5,8 pontos, chegando a 90,8 pontos. Essa queda respondeu pela maior parte da redução do índice geral no mês, com contribuição negativa de 1,3 ponto.

A coleta dos dados do IIE-Br considera informações reunidas entre o dia 26 do mês anterior e o dia 25 do mês de referência, abrangendo tanto análises de mercado quanto monitoramento de notícias.

Com a continuidade da tendência de baixa, o indicador sinaliza um ambiente econômico mais previsível na virada para 2025, reforçando expectativas de maior estabilidade caso os demais indicadores sigam trajetória positiva.

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