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Petrobras mantém investimentos, mas com foco na viabilidade financeira

Presidente da petrolífera, Magda Chambriard falou sobre os projetos da empresa e citou a Margem Equatorial

Magda Chambriard ao microfone (Foto: Carú Pastor / Petrobras)

247 - A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou um investimento de US$ 109 bilhões (ou R$ 583,1 bilhões com base no câmbio de R$ 5,35) no período de 2026 a 2030 em seu novo Plano de Negócios. Em seu plano, a empresa espera um preço do petróleo de US$ 63 por barril para o ano que vem, e, de 2027 a 2030, projeta um petróleo a US$ 70 por barril. 

"Queremos uma Petrobras lucrativa, que gere valor para a sociedade. Temos compromisso com a manutenção da saúde fiscal da empresa", afirmou a dirigente em coletiva de imprensa no município do Rio de Janeiro, onde fica a sede da Petrobras.

Os US$ 109 bi correspondem a uma redução de quase 2% na comparação com o programa de US$ 111 bilhões (R$ 593,85 bilhões) para os anos de 2025 a 2029. Do valor total, US$ 91 bilhões (R$ 486,8 bilhões) representam propostas já programadas para implantação. Outros US$ 18 bilhões (R$ 96,3 bilhões) alocados na chamada carteira de avaliação.

“O preço do petróleo flutua”, disse. “Houve uma queda de US$ 20 por barril desde o ano passado. Vamos analisar, a cada três meses, a financiabilidade de US$ 10 bilhões em projetos que terão de disputar espaço em função do câmbio, do preço do Brent e do impacto desses fatores na financiabilidade da companhia”.

Previsão de projetos e a Margem Equatorial

Na área de exploração e produção, a Petrobras pretende investir US$ 7,1 bilhões entre 2026 e 2030. Foram programados para os próximos anos 49 novos poços.

A presidente da Petrobras informou que alguns poços previstos para as bacias da Margem Equatorial estão dentro do grupo de projetos de US$ 10 bilhões que dependerão da cotação do Brent e do dólar. 

A região tem estimativas que apontam para reservas potenciais de até 16 bilhões de barris de petróleo e capacidade de produção projetada em 1,1 milhão de barris por dia. A Margem Equatorial fica na parte Norte do Brasil, e compreende a faixa litorânea dos seguintes estados: Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amapá.

Cenário promissor

De acordo com o governo federal, trata-se do que tem sido chamado de “novo Pré-Sal da Amazônia”. A área produtiva situa-se a aproximadamente 500 quilômetros da foz do Amazonas e a cerca de 175 quilômetros da costa amapaense.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta que a abertura dessa frente de exploração pode ampliar o PIB do Amapá em até 61,2% e criar cerca de 54 mil postos de trabalho diretos e indiretos. 

O Observatório Nacional da Indústria, ligado à CNI, calcula que o avanço econômico na região pode resultar em 495 mil novos empregos formais, impulsionar o Produto Interno Bruto em R$ 175 bilhões e gerar R$ 11,23 bilhões em arrecadação indireta.

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