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Regiões Centro-Oeste e Norte lideram avanço do PIB nacional, diz IBGE

Dados do Sistema de Contas Regionais, relativo ao crescimento do PIB entre 2002-2023, apontam que os 27 estados tiveram crescimento durante o período

Colheita de soja (Foto: Andres Stapff / Reuters)

247 - O novo balanço do Sistema de Contas Regionais apresenta um retrato atualizado do crescimento econômico no Brasil e revela mudanças importantes na distribuição regional da riqueza nacional. A pesquisa do pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (14), mostra que todas as 27 unidades da federação registraram expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, reafirmando a retomada do crescimento nacional. Segundo o levantamento, o Centro-Oeste e o Norte foram as regiões que mais ampliaram sua participação na economia entre 2002 e 2023.

Crescimento do PIB alcança todos os estados do país

Em 2023, Acre (14,7%), Mato Grosso do Sul (13,4%), Mato Grosso (12,9%), Tocantins (7,9%) e Rio de Janeiro (5,7%) lideraram os índices de expansão anual. O PIB nacional cresceu 3,2% no período. Segundo o IBGE, o agronegócio teve papel fundamental no desempenho dos estados do Centro-Oeste e de parte do Norte, especialmente por meio da produção de soja.

No Rio de Janeiro, a indústria extrativa dominada por petróleo e gás foi a principal responsável pela alta. Como destacou a gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça, “Já a alta do Rio de Janeiro (5,7%) foi puxada pelo crescimento das indústrias extrativas, em especial de petróleo e gás”, disse.

Agronegócio e serviços impulsionam expansão regional

O setor de Serviços também contribuiu de forma significativa para o avanço de economias como Acre, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rio de Janeiro. Atividades como administração pública, saúde, educação e seguridade social impulsionaram os resultados dessas unidades da federação, enquanto o comércio de veículos e motocicletas fortaleceu o desempenho de estados do Centro-Oeste. Na Indústria, o Mato Grosso do Sul se destacou pela geração hidrelétrica, enquanto o Mato Grosso foi impulsionado pela fabricação de álcool e alimentos.

Entre os menores crescimentos de 2023 estiveram Pará (1,4%), São Paulo (1,4%), Rio Grande do Sul (1,3%) e Rondônia (1,3%). No caso rondoniense, a seca intensa prejudicou a geração de energia. “Isso reduziu a geração de energia elétrica e a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação”, explicou Alessandra Poça.

Centro-Oeste e Norte ganham espaço na economia brasileira

A pesquisa confirma que o Centro-Oeste ampliou sua participação no PIB em 2,0 pontos percentuais entre 2002 e 2023, enquanto o Norte avançou 1,1 ponto percentual no mesmo período. A região Sudeste, por sua vez, perdeu 4,4 pontos percentuais, puxada principalmente pelas reduções em São Paulo e Rio de Janeiro.

As maiores taxas médias de crescimento no período foram registradas no Centro-Oeste (3,4% ao ano) e no Norte (3,2% ao ano). Mato Grosso (5,2% a.a.) e Tocantins (4,9% a.a.) lideraram as elevações estaduais de longo prazo.

PIB per capita reforça liderança histórica do Distrito Federal

O Distrito Federal segue no topo do ranking de PIB per capita, alcançando R$ 129.790,44 em 2023, valor 2,4 vezes superior à média nacional. As posições seguintes foram ocupadas por São Paulo e Mato Grosso. Os menores índices permanecem concentrados no Nordeste, com o Maranhão na última colocação. O levantamento mostra que apenas nove estados superam a média nacional de PIB per capita, todos localizados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

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