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Uallace Moreira aponta mediocridade de Tarcísio e diz que presidente não é CEO

Secretário do MDIC reage à declaração do governador paulista, que comparou o presidente a um “CEO”, e afirma que visão empresarial reduz papel do Estado

Uallace Moreira (Foto: Divulgação / MDIC)

247 – O Secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, criticou de forma contundente a declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que afirmou em um post no X que o “Brasil volta a funcionar” se “trocar de CEO”, em referência direta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O comentário do governador ocorreu após sua participação em um evento da G4 Valley, organizado pela G4 Educação, em que defendeu publicamente que o país deveria “demitir seu CEO”.

Em reação à fala, Uallace publicou um texto no X no qual desmonta a lógica empresarial utilizada por Tarcísio e afirma que um presidente da República não exerce a função de um executivo corporativo, mas a de um chefe de Estado responsável pelo projeto nacional.

Logo na abertura de sua manifestação, o secretário afirma: “Presidente da República não é CEO”. Segundo ele, “um Presidente da República tem compromisso com as problemáticas sociais do país, tem responsabilidade com a promoção do desenvolvimento econômico com inclusão social e visão estrutural de nação”.

Uallace destacou que o presidente deve governar para todos — e sobretudo para quem mais precisa. “Um Presidente da República deve se preocupar com todos da nação, mas principalmente pelos marginalizados e excluídos”, escreveu. Para ele, o chefe de Estado também deve defender a soberania e sustentar um projeto de país com visão de longo prazo.

Ao rebater diretamente a fala de Tarcísio, o secretário afirmou que a comparação entre presidente e CEO revela “mediocridade, limitação intelectual e uma visão de ‘administrar’ para uma minoria, promovendo mais concentração de renda e aprofundando a desigualdade social”.

Uallace lembrou ainda episódios simbólicos envolvendo o governador de São Paulo. “É o mesmo cidadão que coloca um boné exaltando outra nação, e que acha que devemos submeter a soberania do Brasil aos interesses de outras nações”, criticou.

Para o secretário, essa postura traduz um padrão de subserviência incompatível com o interesse nacional. “Esse tipo de visão resume bem a perspectiva do complexo de vira-lata e subserviência a uma minoria do país. É o defensor do projeto de país para poucos e subalterno”, concluiu.

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