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Bruno Henrique vira réu por estelionato e pode pegar até cinco anos de prisão

Justiça acolhe integralmente denúncia do MPDFT. Atacante do Flamengo também responde por manipulação de resultado

Bruno Henrique (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

247 - A 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios tornou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, réu por estelionato. A decisão, segundo o Metrópoles, aponta que o jogador teria forçado um cartão amarelo em partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023, para favorecer apostadores.

A Corte decidiu por unanimidade acatar recurso do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), abrindo ação penal por estelionato contra o atleta. Se condenado, Bruno Henrique pode pegar pena de um a cinco anos de prisão, conforme o artigo 171 do Código Penal.

A Justiça havia aceitado inicialmente a denúncia apenas pelo crime de manipulação de resultado esportivo. No entanto, com o recurso do MPDFT, a acusação foi integralmente restabelecida. Em julho, tanto o atacante quanto seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, já haviam se tornado réus por fraude em apostas esportivas.

A defesa de Bruno Henrique informou que recorrerá da decisão. Em nota, expressou insatisfação com o desdobramento judicial: “A defesa do atleta Bruno Henrique recebeu com indignação a notícia do julgamento que acatou recurso do MPDFT para abrir ação penal quanto a um suposto crime de estelionato, fato que contraria decisão fundamentada do juiz de primeira instância. Com confiança no Poder Judiciário, será apresentado recurso pela defesa aos órgãos competentes, que demonstrará, mais uma vez, o claro equívoco da denúncia”, afirmou.

No processo por manipulação esportiva, a Justiça acolheu apenas a denúncia contra Bruno Henrique e seu irmão, rejeitando a participação de outros investigados. Caso condenados, eles podem receber pena de dois a seis anos de prisão, além de multa.

No âmbito disciplinar, o atacante já havia sido julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Pleno considerou que o cartão amarelo contra o Santos ocorreu de maneira premeditada, impondo ao jogador uma multa de R$ 100 mil. Ele não foi suspenso e acabou absolvido nos artigos 243 e 243-A, após entendimento de que não houve intenção de beneficiar esquemas conduzidos por seu irmão.

O caso segue em tramitação na esfera criminal, enquanto a defesa prepara novos recursos para tentar reverter a decisão que levou o atacante à condição de réu.

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