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Meio Ambiente

Delegado que denunciou Salles tira sarro após pedido de demissão

Ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas que denunciou a ligação do ministro Ricardo Salles com exportação ilegal de madeira, o delegado Alexandre Saraiva tirou sarro nas redes sociais após pedido de demissão do chefe do Meio Ambiente

Delegado Alexandre Saraiva e Ricardo Salles (Foto: Reprodução/TV Globo | Lula Marques)
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247 - Ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas que denunciou a ligação do ministro Ricardo Salles com exportação ilegal de madeira, o delegado Alexandre Saraiva tirou sarro nas redes sociais após pedido de demissão do chefe do Meio Ambiente, nesta quarta-feira, 23.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demissão do cargo.

O ato de exoneração foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Alvo de duas investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), Salles estava sob pressão e alegou motivos familiares para deixar o cargo, apesar do respaldo do Palácio do Planalto.

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O atual Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais da pasta, Joaquim Álvaro Pereira Leite, foi nomeado em seu lugar.

Atuação em favor de madeireiros

No programa Roda Viva, no dia 7 de junho, Saraiva afirmou que é "claríssima e inédita" a atuação de Salles em favor de madeireiros.

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O delegado foi retirado da superintendência pelo governo após enviar, em meados de abril, uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Salles e o senador Telmário Mota (Pros).

"Eu posso dizer com tranquilidade porque foi gerado um vídeo por ele mesmo em que ele confessava o que estava fazendo. Então, a atuação dele é claríssima e inédita. Isso aí, fora de dúvida", disse o delegado.

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O delegado apontou que Salles integra uma "organização criminosa orquestrada por madeireiros alvos da Operação Handroanthus com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza".

Exportação ilegal de madeira

A Operação Handroanthus, da PF, investiga a exportação ilegal de madeira brasileira aos Estados Unidos e resultou na apreensão de cerca de 200 mil metros cúbicos de madeira extraída por organizações criminosas.

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a inclusão do presidente do Ibama, Eduardo Bim, no inquérito que apura crimes do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Salles e Bim são acusados de cometer delitos de advocacia administrativa, obstar ou dificultar a fiscalização ambiental e impedir ou embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

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Esta é a segunda investigação contra Salles no STF. A primeira está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que resultou até em operação de busca e apreensão contra o ministro do Meio Ambiente e foi batizada de Operação Akuanduba, na qual Bim também é alvo.

Desmatamento em terras indígenas aumenta 150%

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam o resultado das políticas ambientais de Jair Bolsonaro e do ministro Salles. O desmatamento na Amazônia cresceu 46% nos primeiros dois anos do atual governo se comparados ao período entre 2017 e 2018, chegando a mais de 21 mil km2 desmatados. Este é o maior número da década em dois anos consecutivos.

Em unidades de conservação, a taxa de desmatamento saltou 62% nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro em comparação aos dois anos anteriores. Nas terras indígenas o número é ainda mais aterrorizante: um crescimento de 150%.

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