Policial desmente Hugo Motta sobre expulsão de jornalistas na Câmara
Diretor de segurança afirma que ordem para retirada forçada da imprensa partiu da presidência da Casa
247 - A confusão ocorrida no Salão Verde da Câmara dos Deputados na terça-feira (9), que terminou em empurrões e agressões contra profissionais de imprensa, ganhou novo capítulo com o depoimento do policial legislativo Marcelo Guedes de Resende. No episódio, registrado em vídeos que circularam nas redes sociais e exibidos por diversos telejornais, repórteres e cinegrafistas foram retirados à força enquanto acompanhavam a ocupação da cadeira da presidência pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
De acordo com a Band, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tentou se desvincular da ação ao afirmar, por meio de sua assessoria, que não havia determinado a retirada dos jornalistas do local.
A versão oficial, no entanto, foi frontalmente contestada por Marcelo Guedes de Resende, diretor da Coordenação de Segurança Orgânica da Casa e responsável pela atuação da equipe de segurança no plenário no momento do tumulto. Em seu relato, ele confirmou que a ordem para remover os profissionais de imprensa partiu da própria presidência da Câmara, contrariando o que havia sido dito anteriormente pela assessoria de Motta.
As imagens amplamente divulgadas mostram Resende empurrando repórteres e cinegrafistas na área reservada à cobertura jornalística. O registro visual reforçou as críticas à condução da operação e ampliou a cobrança por esclarecimentos sobre o episódio, que colocou em xeque a relação da presidência da Casa com a liberdade de imprensa dentro do Parlamento.



