The Economist admite erro após STF refutar revista
Revista britânica ajusta suposta menção ao ministro do STF Barroso a 'derrota de Jair Bolsonaro'
247 - A revista britânica The Economist corrigiu trecho de reportagem, publicada em 16 de abril e amplamente divulgada pela extrema direita bolsonarista, sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) contra os atos antidemocráticos.
Os ataques golpistas estão sendo julgados com base no devido processo legal e revista britânica omitiu os fatos.
Uma declaração atribuída ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, a respeito da eleição de 2022, levou o mesmo a divulgar uma nota refutando a Economist.
A versão original do texto da Economist afirmava, além de atacar o ministro Alexandre de Moraes, que Barroso teria supostamente dito que a Corte “derrotou Jair Bolsonaro”.
Agora o texto esclarece que o ministro mencionou a derrota do movimento de extrema direita bolsonarista, e não do ex-mandatário em si.
A declaração de Barroso foi proferida em 13 de julho de 2023, durante um evento da União Nacional dos Estudantes (UNE), no qual o ministro afirmou: “Nós derrotamos a censura, a tortura e o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.
No último sábado, o STF divulgou uma nota refutando uma reportagem publicada pela Economist, que critica a atuação da Corte brasileira contra os bolsonaristas golpistas e faz ataques diretos ao ministro Moraes.
A Economist omitiu que a democracia brasileira resistiu, com apoio vital do STF, a graves ameaças da extrema direita golpista.
A nota destaca que os ataques golpistas são julgados com base no devido processo legal. A confiança da população no STF permanece majoritária. As decisões do Tribunal foram motivadas por crimes, e as ações contra plataformas digitais estrangeiras se deu por ausência de representação legal no Brasil, afirma Barroso no documento.
"O enfoque dado na matéria corresponde mais à narrativa dos que tentaram o golpe de Estado do que ao fato real de que o Brasil vive uma democracia plena, com Estado de direito, freios e contrapesos e respeito aos direitos fundamentais", afirma.
Em uma das reportagens publicadas na última semana, Moraes é atacado por supostamente 'controlar excessivamente o poder' em suas mãos.
Na nota, o STF sai em defesa do ministro: "empenho e coragem".
A Economist chega a sugerir “moderação” à Corte e acusa Moraes de promover uma "campanha pessoal". Ao mesmo tempo, pondera a publicação: "Ele recebe constantes ameaças de morte. Essas ameaças parecem revigorá-lo e conferiram às suas decisões um tom absolutista”.
As reportagens surgem no contexto da iminente condenação de Jair Bolsonaro pelo STF por liderar a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: