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Coreia do Sul quer novo acordo fronteiriço com Norte para evitar tensões

Representantes de Seul defendem diálogo para estabelecer com Pyongyang novos protocolos sobre a Linha de Demarcação Militar

Presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung (Foto: Ahn Young-joon/Pool via REUTERS/File Photo)

Por Victor Farinelli, Opera Mundi - Em comunicado difundido nesta segunda-feira (17/11), o governo da Coreia do Sul afirmou que solicitou aos representantes da vizinha Coreia do Norte uma reunião para negociar novos parâmetros e protocolos sobre a Linha de Demarcação Militar, na fronteira entre os dois países.

O vice-ministro de Defesa sul-coreano, Kim Hong Cheol, disse que a iniciativa visa “estabelecer novas diretrizes para evitar confrontos acidentais e uma possível nova escalada de agressões”.

“Queremos aliviar as tensões militares, por isso as nossas forças armadas propõem oficialmente que os dois lados realizem conversas intercoreanas para discutir o estabelecimento de uma referência mais clara para Linha de Demarcação Militar”, argumentou Kim.

Segundo o canal catari Al Jazeera, a última vez que as Coreias do Norte e do Sul iniciaram uma negociação sobre os parâmetros e protocolos da fronteira foi em 2018, em um processo que diálogo que durou até 2022.

As negociações foram interrompidas quando Seul viu o moderado Moon Jae In deixar a Presidência e ser substituído pelo extremista de direita Yoon Suk Yeol, que impôs uma linha de maior hostilidade com Pyongyang.

Detalhes da Linha

A chamada Linha de Demarcação Militar fica dentro da Zona Desmilitarizada, na fronteira entre os países, que se estende por 250 km através da Península Coreana, com uma largura de aproximadamente quatro quilômetros.

Estima-se que 2 milhões de minas estejam espalhadas ao longo da fronteira entre as coreias, que também é protegida por tropas de combate, cercas de arame farpado e obstáculos antitanque.

Vale lembrar que, tecnicamente, Seul e Pyongyang permanecem em guerra, já que a Guerra das Coreias foi interrompida em 1953 por um acordo de cessar-fogo, mas nunca houve um tratado de paz entre ambas as partes.

Com informações de Al Jazeera.

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