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EUA ampliam pressão e sancionam sobrinhos de Maduro

Tesouro dos EUA bloqueia bens de três parentes da primeira-dama venezuelana e eleva tensão com Caracas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - 01/12/2025 (Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

247 - O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (11), uma nova ofensiva contra aliados próximos do presidente venezuelano Nicolás Maduro. A ação amplia a pressão diplomática e econômica sobre Caracas ao incluir na lista de sancionados três parentes da primeira-dama Cilia Flores, acusados por Washington de ligação com o tráfico internacional de drogas.

Segundo o Departamento do Tesouro norte-americano, os alvos das sanções são Efrain Antonio Campo Flores, Franqui Francisco Flores de Freitas e Carlos Erik Malpica Flores. Além da proibição de transações com empresas dos EUA, eles terão seus bens bloqueados em território norte-americano e em instituições sob jurisdição dos Estados Unidos.

No comunicado, a administração norte-americana classificou os três como “narco-sobrinhos”, relacionando as acusações ao suposto envolvimento de Maduro com o cartel de Los Soles. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que “Nicolás Maduro e seus associados criminosos na Venezuela estão inundando os Estados Unidos com drogas que estão envenenando o povo americano”. Ele declarou ainda que, “sob a liderança do presidente Donald Trump, o Tesouro está responsabilizando o regime e seu círculo de comparsas e empresas por seus crimes contínuos”.

As sanções também atingem seis embarcações e empresas de transporte marítimo ligadas ao setor petrolífero venezuelano. O empresário panamenho Ramon Carretero Napolitano foi incluído na lista pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC).

A medida coincide com uma operação militar dos EUA no Caribe que resultou na apreensão de um navio petroleiro perto da costa venezuelana. A procuradora-geral norte-americana, Pamela Bondi, afirmou que a embarcação transportava “petróleo sancionado” da Venezuela e do Irã. De acordo com Washington, o navio pertence a uma empresa já alvo de sanções por suposta participação em uma “rede ilícita de transporte de petróleo que apoia organizações terroristas estrangeiras”, embora nenhuma prova tenha sido apresentada até o momento.

O episódio elevou ainda mais a tensão na América Latina e no Caribe, ampliando o cerco internacional contra Maduro. Desde o início do ano, os Estados Unidos, sob liderança do presidente Donald Trump, têm acusado o mandatário venezuelano de chefiar o cartel de Los Soles, recentemente incluído na lista de organizações terroristas internacionais — classificação que abre margem para operações militares norte-americanas em outros países sob o argumento de combate ao terrorismo.

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