Guerra na Ucrânia alterou equilíbrio de poder global, afirma chefe do Conselho de Segurança da Rússia
Sergei Shoigu diz que Operação Militar Especial neutraliza ameaças à soberania e à segurança da Rússia
247 - A operação militar especial conduzida pela Rússia na Ucrânia teve um efeito marcante sobre o equilíbrio de forças no cenário internacional. A avaliação foi feita pelo secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu, em artigo publicado nesta terça-feira (6) no jornal Rossiyskaya Gazeta, conforme repercutido pela agência TASS.
Segundo Shoigu, a decisão de iniciar a operação foi motivada pela necessidade de enfrentar ameaças centrais à segurança do Estado russo. “As principais ameaças à segurança do nosso país foram identificadas como tentativas de minar sua soberania estatal, independência e integridade territorial, bem como a erosão dos valores espirituais e morais tradicionais da sociedade multiétnica da Rússia”, afirmou.
O alto dirigente russo declarou ainda que as ações militares em território ucraniano não se limitam à esfera regional. “A decisão tomada para neutralizar essas ameaças por meio da operação militar especial na Ucrânia e o curso dessa operação influenciaram significativamente o equilíbrio de poder em escala global”, enfatizou.
Shoigu, que anteriormente ocupava o cargo de ministro da Defesa, é hoje uma das principais autoridades do aparato de segurança nacional da Rússia. Sua análise foi divulgada em um momento de renovada tensão entre Moscou e os países da Otan, enquanto os Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, seguem destinando recursos militares e logísticos ao governo de Kiev.
A Rússia tem reiterado que considera a expansão da aliança atlântica no Leste Europeu como uma ameaça existencial e, nesse contexto, a operação na Ucrânia é apresentada pelo Kremlin como uma medida defensiva de longo alcance. Shoigu sustenta que a integridade territorial e os valores fundamentais da Federação Russa estão em jogo: “Estamos defendendo não apenas nosso território, mas nosso modo de vida, nossos princípios civilizatórios”, sublinhou.
A fala do secretário integra um discurso mais amplo das autoridades russas que, desde fevereiro de 2022, quando a operação teve início, consideram o conflito como uma resposta necessária à pressão e às ingerências das potências imperialistas ocidentais.
A publicação ocorre também às vésperas da festa do Dia da Vitória, celebrada em 9 de maio, ocasião em que o governo russo enfatiza temas ligados à soberania, ao patriotismo e à resistência nacional.
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