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Hamas: Israel busca nova expansão colonial ao reconhecer Somalilândia

Israel anunciou ter assinado um acordo com a Somalilândia para o estabelecimento de relações diplomáticas plenas

Bandeiras da Somalilândia (Foto: Reuters)

247 - O movimento palestino Hamas condenou com veemência o reconhecimento, por parte de Israel, da região separatista da Somalilândia como um Estado soberano, classificando a iniciativa como parte do “projeto colonial sionista” de Tel Aviv. Em comunicado divulgado no sábado (27), o Hamas afirmou que o reconhecimento israelense viola o direito internacional e enfraquece a unidade e a soberania da Somália, de acordo com o canal PressTV.

Na sexta-feira (26), Israel anunciou ter assinado um acordo com a Somalilândia para o estabelecimento de relações diplomáticas plenas, incluindo a abertura de embaixadas e a troca de embaixadores. Netanyahu, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, e o líder da autodeclarada República da Somalilândia, Abdirahman Mohamed Abdallah, assinaram uma declaração conjunta, que Netanyahu descreveu como estando em consonância com o espírito dos Acordos de Abraão, mediados pelos Estados Unidos.

O Hamas também criticou a liderança da Somalilândia por tentar obter legitimidade junto a uma “entidade fascista que ocupa a Palestina”, afirmando que o reconhecimento evidencia a “profundidade do isolamento internacional” de Israel. O grupo afirma que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estaria buscando uma estratégia mais ampla para fragmentar países, desestabilizar a região e reforçar suas ambições coloniais.

A Somália deixou de existir, na prática, como um Estado unificado em 1991, com a queda do governo de Siad Barre. O governo federal internacionalmente reconhecido controla a capital, Mogadíscio, e algumas outras áreas do país. A autodeclarada República da Somalilândia, no norte, que se separou e proclamou independência em 1991, e a região autônoma de Puntland, no leste, que declarou autonomia em 1998, operam de forma independente, mas não são reconhecidas internacionalmente como Estados separados.

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