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Irã cobra critérios técnicos objetivos para inspeções nucleares após ataques

Autoridade nuclear afirma que inspeções sem regras claras carecem de legitimidade internacional

Bandeira do Irã e símbolo atômico (Foto: DADO RUVIC/REUTERS)

247 - A Organização de Energia Atômica do Irã voltou a se manifestar publicamente nesta quinta-feira (25), em defesa da adoção de critérios técnicos objetivos e previamente acordados para qualquer processo de inspeção em suas instalações nucleares. A posição foi reafirmada em meio ao aumento das tensões internacionais e após bombardeios que atingiram locais sensíveis do programa nuclear iraniano, levantando preocupações sobre segurança, soberania e respeito às normas internacionais.

De acordo com informações divulgadas pelo canal Hispan TV, a autoridade nuclear iraniana sustenta que inspeções motivadas por pressões políticas não produzem resultados concretos se não estiverem amparadas por protocolos técnicos claros, definidos de forma transparente e aceitos por todas as partes envolvidas. Para o órgão, a ausência de regras objetivas compromete a credibilidade do processo e enfraquece qualquer mecanismo de verificação.

A posição oficial enfatiza que o programa nuclear do país deve ser tratado com base em parâmetros técnicos e jurídicos, e não como instrumento de disputa política. Segundo a Organização de Energia Atômica do Irã, a substituição de critérios científicos por exigências políticas cria um ambiente de desconfiança e dificulta o diálogo no âmbito da não proliferação nuclear.

O contexto recente, marcado por ataques aéreos contra instalações estratégicas, reforçou a necessidade, segundo Teerã, de estabelecer salvaguardas claras antes de qualquer inspeção. O argumento central é que a segurança das instalações e dos profissionais envolvidos deve ser considerada parte essencial de qualquer acordo, evitando que inspeções se transformem em instrumentos de pressão externa.

Ao reiterar sua posição, a autoridade iraniana sinaliza que permanece aberta a mecanismos de verificação, desde que estes respeitem normas técnicas internacionais e acordos previamente firmados. O país sustenta que apenas um processo baseado em regras claras e imparciais pode contribuir para a estabilidade regional e para a credibilidade do sistema internacional de controle nuclear.

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