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Israel avalia novo ataque ao Irã e prepara informe ao governo dos EUA

Autoridades israelenses estudam cenários militares e pretendem apresentar opções ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Israel avalia novo ataque ao Irã e prepara informe ao governo dos EUA (Foto: Reuters)

247 - O governo de Israel estuda a possibilidade de realizar uma nova ofensiva militar contra o Irã e prepara um detalhamento das opções estratégicas que poderão ser apresentadas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A iniciativa ocorre em meio a preocupações crescentes em Tel Aviv com o avanço do programa iraniano de mísseis balísticos e com os desdobramentos do confronto registrado em junho deste ano no Oriente Médio.

De acordo com a Sputnik Brasil, fontes ouvidas pela emissora estadunidense NBC News, destacaram que autoridades israelenses avaliam que o fortalecimento das capacidades militares iranianas representa uma ameaça direta não apenas a Israel, mas também à estabilidade regional e aos interesses estratégicos de Washington.

Preocupação com expansão militar do Irã

De acordo com a reportagem, integrantes do alto escalão israelense demonstram inquietação com o ritmo de expansão do arsenal de mísseis do Irã. Nesse contexto, o governo pretende apresentar ao presidente dos Estados Unidos diferentes alternativas para uma possível segunda ofensiva. Segundo a mídia, “as autoridades israelenses estão cada vez mais preocupadas com o fato de o Irã estar expandindo o seu programa de mísseis balísticos, [...] e estão se preparando para informar o presidente Donald Trump sobre as opções para um segundo ataque contra ele [Irã]”.

A publicação destaca ainda que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sustenta que as ações iranianas extrapolam uma ameaça localizada. Na avaliação do premiê, o Irã colocaria em risco toda a região do Oriente Médio, incluindo aliados estratégicos dos Estados Unidos. Nesse sentido, o líder israelense buscaria respaldo político e operacional de Washington para eventuais novas ações militares.

Opções serão apresentadas aos EUA

Netanyahu deverá detalhar ao governo norte-americano possíveis formas de envolvimento direto ou indireto dos Estados Unidos. “Espera-se que o líder israelense apresente a Trump opções para os EUA: participar ou ajudar em quaisquer novas operações militares”, afirma a reportagem citada pela Sputnik Brasil.

O aumento das tensões ocorre após o confronto direto registrado em junho. Na noite de 13 daquele mês, Israel lançou uma operação militar contra o Irã, acusando Teerã de manter um programa nuclear com fins militares. Os ataques incluíram bombardeios aéreos e ações de sabotagem direcionadas a instalações nucleares, bases aéreas, comandantes militares de alto escalão e cientistas ligados ao setor nuclear.

Conflito em 2025

O Irã rejeitou as acusações e respondeu com ataques próprios. Durante cerca de 12 dias, os dois países trocaram ofensivas, ampliando o risco de uma escalada regional. Os Estados Unidos intervieram pontualmente na noite de 22 de junho, quando realizaram um ataque contra alvos nucleares iranianos. No dia seguinte, Teerã lançou mísseis contra a base americana de Al Udeid, no Catar, declarando que não pretendia aprofundar o conflito.

Após o cessar das hostilidades, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, avaliou os resultados do embate de forma crítica em relação a seus adversários. Segundo ele, os Estados Unidos e Israel “saíram de mãos vazias” do confronto, por não terem alcançado os objetivos estratégicos pretendidos durante a ofensiva militar de junho.

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