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Irã condena assassinato de líder do Hezbollah e cobra ação firme da ONU

Teerã critica violação do cessar-fogo e responsabiliza EUA por escalada no Oriente Médio

Haitham al-Tabatabai, líder do Hezbollah assassinado por Istael (Foto: Al Mayadeen )

247 - O governo do Irã condenou de forma contundente o ataque realizado por Israel contra áreas residenciais de Beirute, que resultou na morte do comandante do Hezbollah, Haytham Ali al-Tabtabai, informa o canal Hispan TV.

No comunicado do governo iraniano emitido neste domingo (23), Teerã classificou a ofensiva como uma grave violação do cessar-fogo e como um ataque direto à soberania nacional e à integridade territorial do Líbano. O governo iraniano afirmou que o episódio constitui um “crime terrorista” e um “crime de guerra”, e defendeu que os responsáveis israelenses devem ser processados e punidos.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Irã, Haytham Ali al-Tabtabai, morto no ataque que também vitimou outros quatro combatentes da resistência libanesa, dedicou sua vida à defesa do Líbano. A chancelaria responsabilizou ainda o apoio contínuo dos EUA ao regime israelense pela continuidade das agressões, destacando que esse respaldo contribui para a ilegalidade e a instabilidade na região.

O documento iraniano também critica duramente a postura das Nações Unidas. De acordo com o texto, “é lamentável e injustificável a inação e o silêncio” tanto da ONU quanto do Conselho de Segurança diante das violações de Israel. Teerã exigiu que a comunidade internacional adote medidas concretas para enfrentar o que descreve como “terrorismo organizado” e “beligerância” israelense contra o Líbano e países vizinhos.

O governo iraniano ressaltou ainda que as incursões militares israelenses representam a maior ameaça à estabilidade não apenas do Oriente Médio, mas também da ordem internacional. Para Teerã, conter essas ações é uma responsabilidade que deve ser compartilhada globalmente.

O ataque israelense de domingo atingiu apartamentos no subúrbio de Dahiya, ao sul de Beirute, e deixou ao menos 28 feridos. O episódio reacendeu o debate internacional sobre a parceria entre EUA e Israel, bem como sobre o papel de Washington na violência que atinge o Líbano e nos crimes de guerra denunciados em Gaza. Segundo dados citados na reportagem da HispanTV, a missão da ONU no país (UNIFIL) contabilizou 7.300 violações israelenses desde o cessar-fogo.

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