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Israel volta a bombardear sul do Líbano em novas ações que violam o cessar-fogo

Ataques aéreos intensificam tensão na fronteira e desafiam acordo firmado no ano passado

Israel ataca Líbano (Foto: Reuters)

247 - A região sul do Líbano voltou a ser alvo de bombardeios israelenses na manhã desta terça-feira (9) , em mais um episódio que aprofunda a instabilidade na fronteira. Segundo informou o Al Mayadeen, ao menos seis ataques aéreos atingiram diferentes áreas, violando novamente o cessar-fogo firmado no ano passado.

As investidas da ocupação israelense se concentraram em Iqlim al-Tuffah, no Monte Safi, e no vale de Wadi Azza, entre as províncias de Nabatieh e Saida. As explosões foram descritas como “violentas” e provocaram colunas de fumaça visíveis a longa distância.

Os ataques reforçam um padrão de violações que, desde o acordo de cessar-fogo, não sofreu interrupção. Dados divulgados em 27 de novembro indicam 5.163 infrações cometidas por Israel nesse período, distribuídas entre ataques aéreos (2.850), terrestres (2.150) e marítimos (163). O levantamento também aponta 309 libaneses assassinados e 598 feridos em decorrência dessas ações militares, concentradas sobretudo no sul do país.Os novos ataques ocorreram pouco depois de uma visita ao Líbano conduzida pelo presidente rotativo do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador esloveno Samuel Žbogar. Durante passagem oficial por Beirute, ele reafirmou o apoio do organismo internacional à estabilidade e à integridade territorial libanesa, destacando a importância da plena implementação da Resolução 1701, que prevê o fim das hostilidades entre Líbano e Israel.

Žbogar liderou uma delegação de representantes das missões do Conselho e elogiou “o progresso que o Líbano alcançou no último ano”, além de reconhecer os esforços permanentes da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). Em meio ao agravamento das tensões regionais, o diplomata ressaltou a necessidade de preservar a segurança na região como condição essencial para evitar novas escaladas.

A visita ocorreu um dia depois de o presidente libanês, Joseph Aoun, reforçar o compromisso do país com as resoluções internacionais. Em reunião com a delegação do Conselho de Segurança, Aoun pediu que o órgão pressione Israel a cumprir o acordo de cessar-fogo de 2024 e destacou a urgência de ampliar o apoio ao Exército Libanês para o exercício de seu mandato nacional.

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