Netanyahu pede adiamento de julgamento por corrupção
Premiê israelense solicita à Justiça que postergue depoimento, citando encontro com presidente do Chipre
247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu o adiamento de seu depoimento no julgamento por corrupção, previsto para a próxima quarta-feira (15). Segundo a imprensa israelense, o pedido foi justificado por uma “visita diplomática excepcionalmente urgente e importante”, o que teria impedido sua presença no tribunal.
De acordo com o jornal Times of Israel, reproduzido pela RT Brasil, Netanyahu deve se reunir no mesmo dia com o presidente do Chipre, Nikos Christodoulides. Além disso, sua defesa mencionou outra reunião oficial não divulgada, que estaria sob sigilo, e solicitou à Justiça que a agenda seja considerada como motivo legítimo para o adiamento.
Motivações políticas e processo em andamento
Os advogados do premiê associaram o pedido às “mudanças históricas de caráter internacional e regional”, fazendo referência direta ao avanço das negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A equipe de defesa alegou que a situação diplomática exige a presença de Netanyahu em encontros estratégicos e que, por isso, o julgamento deveria ser reprogramado.
Netanyahu responde a um processo iniciado em 2020, no qual é acusado de suborno, fraude e abuso de confiança. O caso inclui delações, gravações e testemunhos que atingiram figuras próximas ao líder israelense e resultaram em forte desgaste político.
Encontros estratégicos em meio a pressões internas
A reunião com o presidente do Chipre ocorre em um momento em que Israel enfrenta pressão internacional para avançar em negociações que possam pôr fim ao conflito em Gaza. Embora os detalhes da segunda reunião diplomática não tenham sido revelados, a defesa do premiê insiste que se trata de uma pauta essencial para a política externa do país.
Enquanto isso, o processo de corrupção segue como um dos maiores desafios internos de Netanyahu, que busca equilibrar sua permanência no poder diante das acusações e da necessidade de se manter como protagonista nas negociações regionais.



