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O que é a parceria estratégica da 'nova era' entre Putin e Xi Jinping?

Confira pontos-chave do comunicado conjunto, que tem 7.000 palavras em russo, sobre "o aprofundamento da parceria abrangente e cooperação estratégica entrando em uma nova era"

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o Presidente da China, Xi Jinping, participam de uma cerimônia oficial de boas-vindas em Pequim, China, em 16 de maio de 2024. (Foto: Sputnik/Sergei Bobylev/Pool via REUTERS)
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(Reuters) - Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, concordaram na quinta-feira em aprofundar sua "parceria estratégica", enquanto repreendiam os Estados Unidos por uma série de ações que, segundo eles, ameaçavam seus países.

Aqui estão os pontos-chave do comunicado conjunto, que tem 7.000 palavras em russo, sobre "o aprofundamento da parceria abrangente e cooperação estratégica entrando em uma nova era".

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  • Rússia e China "estão determinadas a defender seus direitos e interesses legítimos, resistir a quaisquer tentativas de impedir o desenvolvimento normal dos laços bilaterais, interferir nos assuntos internos dos dois estados e limitar o potencial econômico, tecnológico ou de política externa da Rússia e da China".
  • TAIWAN: A Rússia "reafirma seu compromisso com o princípio de 'uma China', reconhece que Taiwan é uma parte integral da China, se opõe à independência de Taiwan de qualquer forma e apoia firmemente as ações do lado chinês para proteger sua própria soberania e integridade territorial, bem como para unificar o país.
  • UCRÂNIA: "O lado russo avalia positivamente a posição objetiva e imparcial da China sobre a questão ucraniana." A China "apoia os esforços do lado russo para garantir segurança e estabilidade, desenvolvimento nacional e prosperidade, soberania e integridade territorial, e se opõe à interferência externa nos assuntos internos da Rússia."
  • ESTADOS UNIDOS: Rússia e China têm sérias preocupações com "tentativas dos EUA de violar o equilíbrio estratégico":
  • Defesa global de mísseis dos EUA e o desdobramento de partes dela em regiões ao redor do mundo e no espaço.
  • Desenvolvimento de armas não nucleares de alta precisão para potenciais ataques de "decapitação".
  • "Dissuasão nuclear estendida" com aliados, incluindo Austrália, por exemplo, AUKUS.
  • Planos para implantar mísseis terrestres de alcance intermediário e de alcance mais curto (INF) nas regiões da Ásia-Pacífico e europeia, incluindo sua transferência para seus aliados.
  • "As partes condenam veementemente essas etapas extremamente desestabilizadoras, que representam uma ameaça direta à segurança da Rússia e da China."
  • "As partes se opõem às tentativas hegemônicas dos Estados Unidos de mudar o equilíbrio de poder no Nordeste da Ásia, aumentando o poder militar e criando blocos e coalizões militares." "Os Estados Unidos ainda pensam em termos da Guerra Fria e são guiados pela lógica da confrontação de blocos, colocando a segurança de 'grupos restritos' acima da segurança e estabilidade regionais, o que cria uma ameaça à segurança para todos os países da região. Os EUA devem abandonar esse comportamento.
  • COREIA DO NORTE: "As partes se opõem às ações de intimidação no âmbito militar realizadas pelos Estados Unidos e seus aliados, que provocam uma maior confrontação com a RPDC, com risco de incidentes armados e escalada da situação na Península Coreana."
  • GUERRA NUCLEAR: "Não pode haver vencedores em uma guerra nuclear e ela nunca deve ser travada."
  • MERCADOS: aumentar a participação de moedas nacionais no comércio bilateral; incentivar a emissão de dívida em ambos os mercados; desenvolver seguros e mercados financeiros.
  • INDÚSTRIA: desenvolver a construção civil de aeronaves, construção naval, montadoras de automóveis, indústria de máquinas-ferramenta, indústria eletrônica, metalurgia, mineração de minério de ferro, indústria química e florestal.
  • AGRICULTURA: expandir o acesso mútuo de produtos agrícolas, aumentar o volume do comércio de soja, suinocultura, produção de água, grãos, gordura e óleo, frutas e vegetais, nozes e outros produtos.
  • TECNOLOGIA: desenvolver a cooperação em tecnologias da informação e comunicação, incluindo inteligência artificial, comunicações, software, Internet das coisas, código aberto, segurança de rede e de dados, jogos eletrônicos, coordenação de frequências de rádio, educação especializada e atividade de pesquisa industrial.
  • ENERGIA: "Buscar a estabilidade e sustentabilidade do mercado energético global, fortalecendo cadeias de valor no complexo de combustíveis e energia. Desenvolver cooperação baseada no mercado no campo do petróleo, gás natural, gás natural liquefeito (GNL), carvão e eletricidade, garantir a operação estável da infraestrutura transfronteiriça relevante e criar condições para o transporte sem impedimentos de recursos energéticos."
  • NUCLEAR: Aprofundar a parceria na energia nuclear pacífica. Incluindo fusão termonuclear, reatores de nêutrons rápidos e o ciclo fechado de combustível nuclear.

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