Papa Leão defende diálogo e pede que EUA evitem ação militar na Venezuela
Pontífice critica ameaça militar dos EUA contra Nicolás Maduro
247 - Durante coletiva concedida no voo papal, o papa Leão XIV fez um apelo direto ao governo do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que não adote ações militares contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro. No trajeto de volta de sua primeira viagem internacional ao exterior, Leão XIII afirmou que “é melhor buscar formas de diálogo, ou talvez de pressão, inclusive pressão econômica”. Para o pontífice, os Estados Unidos deveriam priorizar iniciativas políticas “se é isso que eles querem fazer nos Estados Unidos”. As informações são da agência Reuters.
As declarações do papa foram feitas em meio ao cenário de tensão na região do Caribe. Washington avalia cenários de pressão contra Caracas, inclusive alternativas militares, em meio a acusações feitas pelo governo estadunidense sobre o suposto envolvimento de Maduro com o tráfico internacional de drogas — algo que o líder venezuelano nega.
Pontífice diz que EUA emitem “sinais contraditórios”
O papa também comentou que há sinais contraditórios vindos da Casa Branca sobre o tema. “As vozes que vêm dos Estados Unidos mudam com uma certa frequência”, observou, lembrando que houve recentemente um telefonema entre Trump e Maduro, ao mesmo tempo em que persistem rumores sobre uma possível operação militar.
EUA avaliam ofensiva militar
Segundo a reportagem, fontes estadunidenses afirmaram em novembro que Washington incluiu entre suas possibilidades a derrubada direta do governo venezuelano. Essa análise ocorre após um reforço militar no Caribe e três meses de ataques a embarcações suspeitas de tráfico de drogas próximas à costa da Venezuela.
Papa menciona experiência na América Latina
Eleito em maio e nascido em Chicago, Leão XIII destacou ainda ter forte ligação com a América Latina, onde viveu por muitos anos atuando como clérigo no Peru. As declarações reforçam o tom de alerta do pontífice sobre o caminho que os Estados Unidos avaliam seguir em relação à Venezuela.



