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Partido Trabalhista britânico pede suspensão da venda de armas para Israel

Porta-voz trabalhista mencionou as advertências feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

Bandeira do Reino Unido do lado de fora do Parlamento britânico em Londres (Foto: REUTERS/Tom Nicholson)

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247 - Um porta-voz do Partido Trabalhista britânico solicitou a suspensão da venda a Israel de armamento que possa ser empregado na invasão a Rafah, no sul de Gaza, informou a HispanTV. 

O porta-voz de Assuntos Exteriores do Partido Trabalhista britânico, David Lammy, destacou neste domingo (12) que o partido "há meses manifesta sua oposição a uma ofensiva israelense em Rafah e deixou claro que isso não deve acontecer", segundo o jornal Daily Telegraph.

"Isso estava na moção aprovada na Câmara dos Comuns em fevereiro e é um dos motivos pelos quais pedimos a (o ministro de Assuntos Exteriores) David Cameron que publique o resumo da opinião legal sobre a venda de armas", afirmou Lammy.

O pedido de suspender a venda de material bélico que possa ser utilizado em uma ofensiva contra Rafah, onde permanecem mais de 1,2 milhões de deslocados palestinos, representa uma mudança de postura dessa organização.

A Anistia Internacional advertiu que a pausa no envio de armas dos EUA para Israel "é insuficiente" diante da possibilidade de "mais atrocidades" israelenses em Rafah.

O porta-voz trabalhista mencionou as advertências feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que levantou a possibilidade de cortar os fornecimentos se as forças israelenses cumprirem sua ameaça de lançar uma operação em larga escala no sul do enclave, contrariando as advertências da comunidade internacional.

"O governo do Reino Unido deveria trabalhar com os Estados Unidos para tentar evitar uma ofensiva em Rafah, dizendo claramente que avaliará as exportações do Reino Unido e que, se a ofensiva ocorrer, se juntará aos nossos aliados americanos e suspenderá as armas e componentes que possam ser usados na ofensiva de Rafah", acrescentou.

O Reino Unido fornece uma porcentagem mínima do armamento israelense, mas o gesto tem relevância política, especialmente à luz das pesquisas que preveem uma vitória do Partido Trabalhista nas próximas eleições britânicas, segundo a Europa Press.

A guerra genocida travada por Israel contra a Faixa de Gaza deixou até o momento um saldo fatal de pelo menos 35.034 mortos e 78.755 feridos, enquanto milhares de vítimas permanecem sob os escombros e milhões de civis foram deslocados de seus lugares de residência.

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