Trump diz que EUA ficarão com petróleo venezuelano roubado
Presidente dos EUA também ameaçou ordenar ataques terrestres
247 - Os Estados Unidos vão manter tanto o petróleo venezuelano apreendido quanto os navios-tanque que o transportavam, afirmou nesta segunda-feira (22) o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A reportagem é da agência Sputnik.
“Vamos ficar com ele”, disse Trump ao ser questionado sobre o que Washington fará com o petróleo apreendido. “Talvez a gente venda. Talvez a gente guarde. Talvez a gente use nas reservas estratégicas. Nós vamos ficar com ele. Vamos ficar com os navios também", acrescentou.
Trump afirmou que ataques terrestres como parte da estratégia de seu governo no combate ao tráfico de drogas no Hemisfério Ocidental devem começar em breve, após o que classificou como sucesso das operações marítimas.
“Em breve, vamos iniciar o mesmo programa [de combate às drogas] em terra. As operações terrestres são muito mais fáceis [do que as marítimas]”, declarou Trump em pronunciamento.
Trump ressaltou que as futuras ações em terra não terão como alvo apenas a Venezuela, mas todos os países que representem, segundo ele, uma ameaça relacionada ao tráfico de drogas aos EUA.
Na última terça-feira, Trump declarou o governo da Venezuela uma “organização terrorista estrangeira” e anunciou um bloqueio total de todos os navios-tanque de petróleo sancionados que se deslocam para a Venezuela ou partem do país. Ele acrescentou que os EUA não permitirão que “um regime hostil se aproprie de nosso petróleo, terras ou quaisquer outros ativos, todos os quais devem ser devolvidos aos Estados Unidos”.
Os EUA justificam sua presença militar na região do Caribe com o combate ao tráfico de drogas. Entre setembro e novembro, o país utilizou repetidamente suas forças armadas para destruir embarcações que, segundo Washington, transportavam drogas ao largo da costa venezuelana.
Em novembro, Trump afirmou que os dias do presidente Nicolás Maduro à frente da Venezuela estariam contados, ao mesmo tempo em que assegurou que Washington não tinha planos de entrar em guerra com Caracas. A Venezuela interpretou essas ações como uma provocação destinada a desestabilizar a região e como uma violação de acordos internacionais sobre o status desmilitarizado e livre de armas nucleares do Caribe.



