Trump vê conversa 'produtiva' com Putin sobre Ucrânia e anuncia nova reunião

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que se reunirá com o presidente russo, Vladimir Putin, em Budapeste, na Hungria, para discutir o fim da guerra na Ucrânia, após uma conversa por telefone declarada oficialmente como "produtiva", nesta quinta-feira (16).

De acordo com o assessor presidencial russo Yury Ushakov, a conversa entre os dois presidentes foi "extremamente franca". "Claramente, a conversa foi bastante substantiva, além de extremamente franca e conduzida em um espírito de confiança".

Nenhuma data para a reunião foi fornecida, mas Trump disse em uma postagem na mídia social que acreditava que "grandes progressos foram feitos com a conversa telefônica de hoje".

O presidente Trump também deve se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na sexta-feira na Casa Branca, sede da presidência norte-americana, em Washington.

Ameaça à hegemonia dos EUA

A Rússia é uma das principais frentes de resistência à hegemonia norte-americana tanto na política como na economia global. O governo russo discute, por exemplo, a implementação de uma moeda comum entre países do BRICS, o que reduziria a dependência do dólar em transações internacionais.

O país do presidente Vladimir Putin tem o segundo maior poderio militar do mundo, com índice de 0,0788 em 2024. Os EUA ficaram em primeiro lugar (0,0744). A China apareceu na terceira posição (0,1184), seguida por Índia (0,1184) e pela Coreia do Sul (0,1656), de acordo com números divulgados pela Global Firepower, numa pesquisa com 145 países. O Brasil ficou na 11ª posição (0,2415).

O poderio militar russo é refletido na guerra na Ucrânia. A Rússia está sendo vitoriosa neste conflito na medida em que os EUA e a Europa não conseguiram implementar alternativas (muitas delas polêmicas), para ajudar o governo ucraniano.

Guerra na Ucrânia e o imperialismo

A Rússia é contra a entrada da Ucrânia na OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos EUA.

Atual presidente norte-americano, Donald Trump tenta costurar com a Rússia um acordo para colocar um fim na guerra, pois nem com a ajuda de países europeus a Ucrânia teve êxito no conflito.

Defensor de uma política externa intervencionista e protecionista a favor dos EUA, Trump direciona seus esforços em lugares como Faixa de Gaza e América Latina, dois territórios que são alvos ricos em recursos naturais do unilateralismo norte-americano, em uma tentativa de frear o crescimento de potências como China e Rússia nas regiões.