B3 registra queda em derivativos e avanço em renda fixa em setembro
Volume diário de derivativos recuou 12,6%, puxado por criptoativos, enquanto emissões de renda fixa cresceram 12,6%
247 - A B3 (B3SA3), responsável pela bolsa de valores do Brasil, divulgou nesta terça-feira (14) os resultados operacionais de setembro de 2025 em comunicado ao mercado. Os números revelam um desempenho heterogêneo: enquanto o segmento de derivativos apresentou retração, o mercado de renda fixa e as emissões de crédito mantiveram trajetória de expansão. As informações são do portal Brazil Stock Guide.
De acordo com a bolsa, o volume médio diário de derivativos caiu 12,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O recuo mais expressivo ocorreu nos contratos futuros de criptoativos, que despencaram 46,5% em doze meses. Também houve queda nos derivativos de juros em reais, com baixa de 13,4%, e em câmbio, com retração de 13,9%. Por outro lado, os derivativos de índice tiveram leve alta de 1,9% no comparativo anual.
Apesar do menor volume, a receita média por contrato subiu 5% na mesma base de comparação, sustentada por uma valorização nos contratos de juros em reais e de criptoativos. O total de novas emissões de derivativos de balcão somou R$ 1,63 trilhão, uma expansão de 20,8% frente a setembro de 2024.
No mercado de ações, o volume financeiro médio diário foi de R$ 22 bilhões, praticamente estável em relação ao mesmo mês do ano anterior. O mercado à vista recuou 0,3%, enquanto o de opções avançou 5,2%. Já os contratos a termo e futuros de ações registraram queda de 24,7%. A capitalização média de mercado encolheu 3,7% em relação a setembro do ano passado.
A área de renda fixa e crédito manteve crescimento, com novas emissões que atingiram R$ 1,79 trilhão, alta de 12,6%. O programa Tesouro Direto teve aumento de 34,7% no estoque, alcançando R$ 184 bilhões. Já os contratos de empréstimo de ativos subiram 34,8%, para R$ 183 bilhões.
Os dados também apontam o avanço no número de investidores individuais cadastrados na depositária da B3, que chegou a 5,39 milhões de CPFs, crescimento de 3,3% em um ano. O segmento de soluções analíticas de dados registrou ainda aumento de 8,6% no total de veículos financiados.



