HOME > Negócios

Raízen encosta no piso da Bolsa e enfrenta risco de sanções

Ação completa 30 pregões abaixo de R$ 1 e entra na mira da B3 em meio a forte crise financeira

Raízen (Foto: Reuters)

247 - A Raízen deve encerrar esta sexta-feira (14) completando 30 pregões consecutivos com suas ações abaixo de R$ 1, condição que a coloca no centro de possíveis medidas da B3, como a reclassificação para penny stock e até a retirada de índices importantes da Bolsa brasileira. Às 13h30, o papel PN era negociado a R$ 0,88, acumulando queda de 59,26% em 2025 e prejuízo de quase 90% desde a oferta inicial, em agosto de 2021.

As informações foram publicadas pela Coluna do Broadcast, do Estadão, na reportagem de Amélia Alves desta sexta-feira (14), destacando que, pelas regras da Bolsa estabelecidas em 2015, companhias que permanecem por 30 sessões seguidas abaixo de R$ 1 são notificadas e precisam apresentar um plano para recompor o valor do papel. Caso não o façam, podem ser alvo de sanções, entre elas a determinação de agrupamento de ações ou outras medidas de reenquadramento.

Felipe von Eye Corleta, sócio da Brazil Wealth, afirma que não há regra automática para exclusão de índices como o Ibovespa em caso de classificação como penny stock. “A exclusão só ocorre se a companhia não conseguir se reenquadrar”, explica. Ele lembra que retiradas recentes de empresas como Ambipar, Azul e Gol ocorreram dentro de processos de recuperação judicial — situação que, no caso da Raízen, não aparece no horizonte.

Artigos Relacionados