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Transpetro abre licitação internacional para quatro novos navios

Edital prevê embarcações com menor emissão de gases e eficiência 20% maior no consumo de combustível

Navio petroleiro da Petrobras (Foto: REUTERS/Jorge Silva)

247 - A Transpetro, subsidiária da Petrobras responsável pelo transporte de petróleo e derivados, anunciou nesta sexta-feira (7) a abertura de sua terceira licitação pública internacional para renovação e ampliação da frota do Sistema Petrobras. O edital contempla a construção de quatro navios de médio porte da classe MR1 (Medium Range), com capacidade de 40 mil toneladas de porte bruto (TPB), voltados ao transporte costeiro de combustíveis e óleo bruto.

De acordo com informações publicadas pelo Broadcast, a licitação será realizada em lote único, o que significa que todas as quatro embarcações serão contratadas de um mesmo proponente. Poderão participar estaleiros nacionais e internacionais que atendam aos requisitos técnicos, legais e econômicos definidos pela Transpetro. As empresas interessadas terão até 90 dias para apresentar suas propostas, e o cronograma prevê que o primeiro navio seja entregue em até 33 meses após a assinatura do contrato.

O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, destacou que o lançamento representa um marco no plano de expansão da frota da companhia. “O lançamento da nossa terceira licitação representa o cumprimento de uma meta estratégica do Sistema Petrobras. Com a contratação de todos os navios previstos no atual Plano de Negócios da holding, avançamos na ampliação da frota própria operada pela Transpetro e reforçamos nosso papel como indutores do desenvolvimento da indústria naval brasileira, disponibilizando oportunidades de encomendas perenes ao mercado”, afirmou em nota.

A licitação integra o Programa de Renovação e Ampliação da Frota, que prevê a contratação de 16 navios até 2029, conforme o Plano de Negócios da Petrobras para o período 2025–2029. O objetivo é fortalecer a autonomia logística do grupo e reaquecer a indústria naval do país, que vive um processo de retomada gradual após anos de retração.

Assim como nos editais anteriores, as embarcações MR1 deverão adotar tecnologias voltadas à eficiência energética e à redução das emissões de gases de efeito estufa, seguindo as diretrizes da Organização Marítima Internacional (IMO). Em nota, a Transpetro destacou que “as embarcações poderão ser abastecidas alternativamente com biocombustíveis como o etanol, estarão aptas para atuar em portos eletrificados e contarão com equipamentos modernos que contribuem para a redução da pegada de carbono”. Segundo a estatal, os futuros navios deverão ser até 20% mais eficientes em termos de consumo e proporcionar uma redução estimada de 30% nas emissões poluentes.

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