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    Brasil precisa priorizar políticas para egressos do sistema prisional, diz Luciana Zaffalon

    Falta de políticas para a "porta de saída" contrasta com altos gastos na Polícia Militar, alerta a pesquisadora em evento do Brasil 247 e do Conjur

    Diretora-executiva da Plataforma Justa, que coloca em perspectiva os gastos em segurança pública, Luciana Zaffalon fala no painel "Os Impactos Econômicos e Sociais da Decisão do STF", durante o evento "A Política Nacional sobre Drogas: Um Novo Paradigma", realizado pelo Brasil 247, TV 247 e Consultor Jurídico, com apoio do grupo Prerrogativas - Brasília (DF) - 18/02/2025 (Foto: Log Filmes/Brasil 247)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 - Diretora-executiva da Plataforma Justa, que coloca em perspectiva os gastos em segurança pública, Luciana Zaffalon destacou que o Brasil gasta mais de 1 trilhão de reais por ano nesse setor, com a maior parte dos recursos destinada às polícias (7% dos orçamentos estaduais) e ao sistema prisional (2%), enquanto apenas 0,01% é investido em políticas para egressos.

    Ela falou no painel que discutiu os impactos econômicos e sociais da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que descriminalizou o uso de cannabis, durante o evento "A Política Nacional sobre Drogas: Um Novo Paradigma". A conferência foi realizada pelo Brasil 247, TV 247 e Consultor Jurídico, com apoio do grupo Prerrogativas, em Brasília (DF).

    "Temos um desenho claro de um funil de investimento que concentra os recursos na porta de entrada. O Rio de Janeiro tem o maior gasto estadual com polícia do país, gastando mais com isso do que com educação, 10 bilhões de reais, com os investimentos concentrados na Polícia Militar enquanto ocorre o sucateamento da Polícia Científica. Por isso as prisões são feitas sem investigação e sem produção de provas. Temos ainda um cumprimento de pena que é inconstitucional, porque a pessoa é acusada, presa sem provas, em um sistema violador e, na porta de saída, não temos investimentos em políticas para egressos", afirmou. 

    A pesquisadora também alertou para o crescimento da influência política das polícias e das facções criminosas, enfatizando a necessidade de racionalidade orçamentária.

    "Os legislativos estaduais elegem cada vez mais policiais. De outro lado, as facções criminais/prisionais também ganham força. Sem recursos não construímos políticas públicas, e sem isso não iremos prosperar. É fundamental trazer o debate da racionalidade orçamentária", concluiu. 

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