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Bolsonaro deixa prisão sob forte escolta para cirurgia de hérnias em Brasília

A saída da unidade prisional seguiu um esquema de segurança minuciosamente determinado pelo ministro Alexandre de Moraes

O senador Flávio Bolsonaro observa o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, no Aeroporto Internacional de Brasília - 25/11/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Jair Bolsonaro (PL) deixou pela primeira vez a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde está preso desde 22 de novembro, para ser internado no Hospital DF Star. A transferência, realizada nesta quarta-feira (24/12), ocorre para a realização de uma cirurgia de correção de duas hérnias inguinais. As informações foram inicialmente publicadas pelo portal Metrópoles, em reportagem de Manoela Alcântara.

A saída da unidade prisional seguiu um esquema de segurança minuciosamente determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro foi escoltado pela Polícia Federal, que também ficará responsável pelo transporte, vigilância e segurança durante toda a internação. O deslocamento deve ocorrer de forma discreta, com desembarque direto pelas garagens do hospital.

De acordo com a decisão de Moraes, Bolsonaro será vigiado 24 horas por dia. Dois policiais federais permanecerão fixos na porta do quarto, enquanto equipes adicionais estarão posicionadas dentro e fora do hospital. A PF terá autonomia para reforçar o efetivo sempre que julgar necessário.

As restrições impostas ao ambiente de internação são rígidas. O ministro proibiu a entrada de computadores, celulares ou qualquer dispositivo eletrônico no quarto hospitalar, exceto equipamentos médicos essenciais. A Polícia Federal será responsável por garantir que a regra seja cumprida integralmente.

No campo pessoal, Moraes autorizou apenas a presença de Michelle Bolsonaro como acompanhante permanente durante a internação. Qualquer outra visita dependerá de autorização judicial, incluindo familiares próximos. O pedido da defesa para permitir o acesso recorrente dos filhos Flávio e Carlos Bolsonaro foi negado pelo ministro.

A cirurgia está marcada para esta quinta-feira (25), data indicada pela defesa após o cancelamento de uma entrevista que Bolsonaro concederia ao Metrópoles sob justificativa de “motivos de saúde”. O procedimento deve reparar duas hérnias inguinais identificadas em exames de ultrassonografia realizados no dia 14 de dezembro.

Após o diagnóstico, os médicos recomendaram intervenção cirúrgica como a única forma de tratamento definitivo. A defesa solicitou autorização urgente ao ministro Alexandre de Moraes, que então determinou o envio dos exames à perícia da Polícia Federal e agendou uma avaliação presencial, realizada em 17 de dezembro.

Com os laudos da PF confirmando a necessidade da cirurgia em caráter eletivo, Moraes autorizou o procedimento no dia 19. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também emitiu parecer favorável.

Uma vez concluída a cirurgia e após liberação da equipe médica, Bolsonaro deverá retornar imediatamente à prisão na Superintendência da PF. Ainda não há previsão de alta.

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