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Chamada Nordeste aprova R$ 113 bi em novos projetos para a região

Chamada da Nova Indústria Brasil supera expectativas é considerado o maior pacote de fomento já direcionado ao setor produtivo da região

Anúncio dos projetos selecionados pela Chamada Nordeste (Foto: Jonathan Dourado/BNDES)

247 - A Chamada Nordeste da Nova Indústria Brasil (NIB) resultou na aprovação de 189 projetos industriais que totalizam R$ 113 bilhões em investimentos, consolidando o maior pacote de fomento já direcionado ao setor produtivo da região. O anúncio foi feito durante a Assembleia Geral dos Governadores e Governadoras do Nordeste, realizada em Teresina (PI), que reuniu autoridades do Consórcio Nordeste, da Sudene e das instituições financeiras federais envolvidas.

Investimentos superam expectativas

Lançada em maio, a chamada disponibilizou R$ 10 bilhões em crédito voltado à inovação, reindustrialização e desenvolvimento sustentável. A procura superou todas as previsões: 245 propostas foram apresentadas, somando R$ 127 bilhões.

Para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, o resultado demonstra a força empreendedora regional. “A resposta do Nordeste à chamada da Nova Indústria Brasil é uma prova inquestionável do potencial de inovação e do empreendedorismo da região. E o mais importante: 74% destas propostas vêm de micro, pequenas e médias empresas, que são o motor que transforma inovação em emprego e renda”, afirmou.

Crédito ampliado para empresas nordestinas

O presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), ressaltou que o volume de crédito revela uma nova etapa para a indústria regional. “Hoje celebramos o grande anúncio dessa coalizão de bancos liderados pelo BNDES que está garantindo um volume de recursos jamais visto na história da industrialização nordestina. Chegamos a R$ 113 bilhões! São investimentos na área da indústria verde, da transição energética, da bioeconomia, tudo a ver com o potencial que o Nordeste tem”, declarou.

A chamada é fruto de uma articulação inédita entre BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Finep, com suporte técnico da Sudene e do Consórcio Nordeste.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, também destacou o impacto da iniciativa. “O BNDES está fazendo, em conjunto com as instituições parceiras, o Consórcio do Nordeste e a Sudene, uma entrega extraordinária. [...] Essa chamada é um marco para o Nordeste, vai significar um salto de desenvolvimento e de oportunidades”, afirmou.

Governança integrada e resultados estratégicos

Para o superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, a mobilização conjunta das instituições financeiras federais fortaleceu a capacidade de coordenação regional. Segundo ele, a retomada do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais contribuiu para alinhar instrumentos, antecipar oportunidades e consolidar o Nordeste como protagonista de uma nova fase industrial.

Diversificação dos projetos selecionados

Os 189 projetos aprovados envolvem empresas de todos os nove estados do Nordeste e abrangem cinco áreas estratégicas:

transição energética com foco em armazenamento (59 projetos),

bioeconomia com ênfase em fármacos (39 projetos),

hidrogênio verde (44 projetos),

data centers sustentáveis (40 iniciativas),

setor automotivo e máquinas agrícolas (37 propostas).

Do total, 74% das iniciativas vêm de micro, pequenas e médias empresas; 32% foram apresentadas em consórcio; e 77% envolveram cooperação com instituições de ciência e tecnologia.

Segundo o presidente da Finep, Luiz Antônio Elias, a chamada reforça políticas públicas e amplia a competitividade regional. “Ela fortalece políticas públicas, promove inovação, amplia a competitividade regional e contribui para a redução das assimetrias históricas que ainda marcam o país”, afirmou.

Próximas etapas e apoio técnico às empresas

A Finep e as instituições participantes preparam agora os Planos de Suporte Conjunto (PSC), que vão orientar as empresas a buscar as linhas de crédito, subvenção e instrumentos financeiros mais adequados. Os PSC serão concluídos ainda em dezembro. Após o recebimento desses planos, os projetos seguirão o fluxo usual de análise técnica, financeira e jurídica pelas instituições envolvidas.

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