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Porto de Galinhas: prefeitura suspende barraca após agressão a turistas

Estabelecimento foi interditado por sete dias e funcionários envolvidos foram afastados enquanto município anuncia reforço na fiscalização na orla

Casal agredido na praia de Porto de Galinhas (PE) (Foto: Reprodução/X/@Itspedrito)

247 - A Prefeitura de Ipojuca determinou a suspensão, por uma semana, da barraca envolvida na agressão contra um casal de turistas de Mato Grosso na praia de Porto de Galinhas, um dos principais destinos do litoral de Pernambuco, relata o Metrópoles. Além da interdição temporária, a gestão municipal decidiu pelo afastamento imediato e preventivo dos garçons e atendentes citados no episódio, medida que permanecerá em vigor até a conclusão das investigações.

Segundo a administração municipal, o episódio passou a ser acompanhado de forma direta, com a adoção de medidas administrativas e o reforço das ações de fiscalização para garantir a apuração dos fatos e a manutenção da ordem pública.

Entre as iniciativas anunciadas estão o aumento do efetivo da Guarda Municipal e da Secretaria de Meio Ambiente atuando na orla, a intensificação da fiscalização para coibir práticas irregulares — como venda casada e exigência de consumação mínima — e o fortalecimento das ações voltadas ao cumprimento do Código de Defesa do Consumidor. A prefeitura também informou que irá intensificar o controle sobre a atuação irregular de pessoas conhecidas como “flanelinhas”.

O caso ocorreu no fim de semana, após um desentendimento entre turistas e trabalhadores da praia em torno do valor cobrado pelo aluguel de cadeiras e barracas. Vídeos e relatos divulgados pelos próprios visitantes nas redes sociais mostraram cenas de agressão, o que gerou repercussão nacional e críticas à condução do turismo local.

Em nota oficial, a Prefeitura de Ipojuca afirmou que repudia qualquer forma de violência e reiterou o compromisso com a segurança, o respeito aos visitantes e a defesa dos direitos do consumidor. De acordo com o comunicado, as ações preventivas integram um conjunto de medidas voltadas a fortalecer a organização do comércio de praia e a qualidade da experiência turística em Porto de Galinhas.

“A Prefeitura do Ipojuca seguirá atuando de forma integrada com os órgãos de fiscalização e segurança para evitar novos episódios e garantir que Porto de Galinhas continue sendo um destino turístico pautado pelo respeito e pela hospitalidade”, informou a administração municipal.

As vítimas da agressão, no entanto, fizeram críticas contundentes à gestão local. Em um dos vídeos divulgados, Cleiton Zanatta afirmou que a situação enfrentada revela falhas na fiscalização. “Gente, é isso aí, ó. Olhem o ano que vem, se isso aqui melhorou, porque, se não melhorou, não venham, tá? Não venham. Agora, a população é maravilhosa, a cidade, as praias são lindas. Infelizmente, não existe administração, não existe cuidado, não existe vigilância. O turista que é tratado como um lixo”, declarou.

Segundo o casal, eles haviam combinado previamente o valor do aluguel das cadeiras e da barraca para passar o dia na praia. No momento do acerto final, o preço cobrado teria sido quase o dobro do combinado. Ao questionar a cobrança e se recusar a pagar o valor superior, Johnny relatou que o comerciante reagiu de forma violenta, arremessando uma cadeira contra eles. Outros trabalhadores teriam se juntado à agressão, resultando em ataques físicos ao casal.

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