Coordenadora de Direitos Humanos da Alerj sobre Chacina do Jacarezinho: “objetivo é deixar o corpo preto no chão"
"As pessoas têm vida dentro da favela, mas a vida não teve como funcionar. A única coisa que funcionou foi uma chacina, várias pessoas mortas, sendo um policial morto. Um absurdo e qual é o saldo disso? Pessoas mortas e luto”, afirmou a coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, Mônica Cunha (PSOL)
247 - A coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Mônica Cunha (PSOL), afirmou que a Chacina do Jacarezinho, ocorrida nesta quinta-feira, 6, tem como “objetivo deixar o corpo preto no chão".
"As pessoas têm vida dentro da favela, mas a vida não teve como funcionar. A única coisa que funcionou foi uma chacina, várias pessoas mortas, sendo um policial morto. Um absurdo e qual é o saldo disso? Pessoas mortas e luto. Hoje é no Jacarezinho, ontem foi na Maré, anteontem foi na Cidade de Deus e assim vai", afirmou ao Brasil de Fato.
A Polícia Civil promoveu uma chacina nesta quinta-feira, 6, matando 24 pessoas. A operação, no total, deixou 25 mortos, pois um policial também morreu.
O governo do Rio de Janeiro descumpriu a liminar deferida pelo ministro Edson Fachin e referendada pelo plenário da corte que proibiu operações policiais nas comunidades durante a pandemia da Covid-19, a partir da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) nº 635, conhecida como “ADPF das Favelas”.
Com 24 mortos pela polícia, a Chacina do Jacarezinho é a maior da história da cidade do Rio de Janeiro e a segunda maior da história do estado. Mas as entidades de direitos humanos dizem que o número de mortos pode subir ainda mais.
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