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Deputada aciona MP por violência em aulão de IA promovido por Zema

Beatriz Cerqueira cobra apuração de suposta falta de segurança em evento da rede estadual que terminou com feridos, desmaios e intervenção policial em BH

Aulão de IA no Mineirão termina em confusão (Foto: Reprodução/Redes sociais)

247 - A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT-MG) pediu ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) a abertura de um procedimento investigatório para apurar responsabilidades pela organização do aulão de Inteligência Artificial promovido pela Secretaria de Estado de Educação, em parceria com a Google for Education, nesta quarta-feira (19), no Mineirão, em Belo Horizonte. O evento, que reunia cerca de 30 mil alunos, terminou em brigas generalizadas, agressões, feridos e desmaios.

No documento protocolado na 23ª Promotoria de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes, a parlamentar aponta para a falta de segurança e afirma que o Estado falhou em garantir condições básicas de proteção.

 “A ocorrência de lesões e desmaios em um evento organizado pelo próprio Estado, devido à falta de prevenção e segurança inadequada, configura uma violação direta do dever de proteção integral”, diz a peça encaminhada ao MPMG.

O aulão, que tinha a ambição de entrar no Guinness Book como maior aula de IA do mundo, contou com a presença do governador Romeu Zema (Novo) e do vice Mateus Simões (PSD), mas os dois já haviam deixado o palco quando o tumulto tomou conta do estádio.

A confusão começou momentos depois de mestres de cerimônia citarem a rivalidade entre Atlético e Cruzeiro, mas ainda não há definição oficial sobre a motivação.

Vídeos mostram estudantes se agredindo enquanto a multidão estimulava as brigas com gritos de “briga, briga!”. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar precisaram intervir para retirar alunos e profissionais do local.

Governo tenta minimizar, mas SEE/MG confirma investigação interna

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação disse lamentar profundamente as agressões e afirmou repudiar atos de violência. A pasta sustentou que o episódio foi “rapidamente controlado”, e que a maioria permaneceu no evento sem incidentes.

A SEE/MG anunciou um processo interno para identificar responsáveis e prometeu acompanhamento psicossocial aos envolvidos, por meio do Núcleo de Acolhimento Educacional.

“Estado deve garantir integridade física e emocional”

Beatriz Cerqueira afirma que o Ministério Público precisa investigar a logística, o planejamento de segurança e o papel de eventuais parceiros privados.

 “Além de assegurar o acesso à educação, o Estado tem o dever de garantir a segurança e integridade física e emocional de alunos e profissionais da educação”, afirma a deputada na denúncia.

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