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Lindbergh Farias convoca mobilização popular: é hora de mostrarmos a nossa soberania

O líder do PT afirma que a sessão marcada para 2 de setembro no STF será um “momento importante” para o Brasil

Lindbergh Farias (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

247 - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), publicou nesta sexta-feira (15) uma postagem na rede social X para fazer um apelo à mobilização popular pela punição a Jair Bolsonaro e aos demais integrantes da trama golpista.

“Urgente: Julgamento de Bolsonaro marcado para dia 02 de setembro. Momento importante. É hora de mostrarmos a nossa soberania!”, escreveu Lindbergh. 

Bolsonaro é réu no inquérito da trama golpista, está em prisão domiciliar e cumpre medidas cautelares. O ex-mandatário é acusado de cinco crimes. Somadas, as penas ultrapassam os 40 anos de detenção.

A ação penal 2668 é a mais avançada relacionada à trama golpista denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e tem como alvo o núcleo 1 da trama, também chamado núcleo “crucial”, grupo formado pelo que seriam as principais cabeças do complô. 

Pela denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, elaborada com base nas investigações da Polícia Federal (PF), Bolsonaro foi o líder de uma trama golpista que tinha como objetivo mantê-lo no poder mesmo com derrota na tentativa de reeleição, em 2022. 

Segundo a narrativa da acusação, o plano golpista começou a ser colocado em prática em meados de 2021, quando Bolsonaro orientou o alto escalão de seu governo a atacar o sistema eletrônico de votação, de modo a desacreditar o processo eleitoral e criar o clima social propício a uma ruptura democrática. 

Ainda segundo o PGR, a tentativa de golpe culminou com o 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro que não aceitavam o resultado das eleições invadiram e depredaram amplamente as sedes dos Três Poderes, em Brasília. 

O PGR enfatizou que o plano golpista a prever, inclusive, o assassinato de autoridades ainda em 2022, entre as quais o ministro do STF Alexandre de Moraes, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin. 

Todos os oito réus do núcleo 1 foram acusados de cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas podem superar os 30 anos de prisão. 

O julgamento final da ação penal contra Bolsonaro foi marcado pouco depois de todas as defesas terem entregado ao Supremo suas alegações finais no caso. O prazo final para isso se encerrou na última quarta (13). 

Com a exceção da defesa de Bolsonaro, que chamou a narrativa da PGR de “absurda” e “golpe imaginado”, as demais defesas optaram em geral por não contestar a existência de uma trama golpista em si, mas concentraram esforços em desvincular seus clientes de um eventual complô, mesmo que fique provada a existência deste. Todos os advogados pediram a absolvição de todas as acusações (com Abr).

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