Marçal é condenado a indenizar Tabata Amaral por difamação
Justiça eleitoral determina pagamento após acusações falsas feitas em entrevista
247 - A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o ex-candidato à prefeitura da capital Pablo Marçal ao pagamento de R$ 303 mil à deputada federal Tabata Amaral (PSB), por danos decorrentes de declarações consideradas difamatórias durante a disputa municipal de 2024.
De acordo com informações divulgadas originalmente pelo O Globo, a decisão foi tomada após o juiz eleitoral concluir que Marçal disseminou desinformação sobre a vida pessoal da então pré-candidata, com intenção de influenciar o eleitorado.
Na sentença, o magistrado destacou que “embora ainda fosse considerado como período de pré-candidatura, restou evidente que o réu quis influenciar a escolha do eleitor ao trazer uma desinformação relacionada à intimidade da então pré-candidata Tabata”. A defesa de Marçal alegou que não houve imputação ofensiva e afirmou que o ex-coach chegou a pedir desculpas. Ainda assim, a Justiça determinou a indenização equivalente a 200 salários mínimos.
A declaração que levou à condenação foi feita em 4 de julho, em entrevista ao podcast da revista IstoÉ, quando Marçal afirmou: — Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou ele e ele deixou o alcoolismo. O pai dela, ela foi para Harvard e o pai dela acabou morrendo. Igual imagino o que ela pode fazer com o povo de São Paulo.
Durante o processo, Tabata repudiou a acusação e relatou como as falas de Marçal distorceram um episódio doloroso de sua vida. Segundo consta na sentença, ela afirmou: "Pablo se valeu desse momento sofrido na minha vida e na vida da minha família para inverter a ordem das coisas, dizendo, com a maior calma do mundo, como se isso não fosse nada, que eu tinha ido para os Estados Unidos e abandonado meu pai, e que ele teria se matado por minha culpa, devido a esse abandono mentiroso".
À época em que as ofensas vieram a público, a deputada respondeu nas redes sociais e esclareceu que permanecia no Brasil quando o pai faleceu. “No fim, ele estava sofrendo demais. Na mesma semana em que fui aceita em Harvard, ele cometeu suicídio. Foi o momento mais difícil da minha vida. Mas eu estava aqui quando ele morreu, não estava fora. Então, essa baixaria do Pablo Marçal sequer faz sentido”, rebateu.



