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Parlamentares do Novo denunciam hipocrisia de Porchat após fala contra o trabalho por aplicativo

O humorista criticou o trabalho plataformizado e depois tornou-se garoto-propaganda da Keeta, empresa que está entrando neste mercado

Fabio Porchat (Foto: Reprodução/Cara a Tapa)

247 - Parlamentares do Partido Novo criticaram o humorista Fábio Porchat e denunciaram a hipocrisia do humorista em críticas feitas por ele contra as condições de trabalho em empresas de aplicativos. A informação foi publicada nesta segunda-feira (29) pela coluna Painel.

Em gravações de vídeo, o deputado federal Luiz Lima (RJ) e o estadual Léo Siqueira (SP) defenderam as empresas de aplicativo e afirmaram que Porchat é incoerente, pois criticou o trabalho por aplicativo e, ao mesmo tempo, tornou-se garoto-propaganda da Keeta, empresa que está entrando neste mercado plataformizado.

Durante participação em um programa, Porchat disse que os motoristas de aplicativos trabalham mais de 12 horas sem garantias trabalhistas, recebem o que o algoritmo determinar e cumprem penas por atrasos.

"Para mim isso é desesperador", disse o humorista, comparando a atividade ao trabalho escravo. No vídeo-resposta, Lima perguntou: "Vocês já viram alguém criticar uma coisa e uma semana depois virar garoto propaganda dela?".

Segundo ele, mais de 1 milhão de brasileiros hoje tiram sua renda direta ou indiretamente dessas plataformas. Ele também apontou estudos que mostram que a criminalidade caiu em locais onde as plataformas atuam. "Trabalho gera disciplina".

Já o deputado Léo Siqueira afirmou em vídeo que onde as plataformas chegaram, o impacto é positivo. "Renda rápida cria uma alternativa de trabalho. Ausência de renda cria desespero", afirmou o parlamentar.

De acordo com números divulgados em 17 de outubro pelo IBGE, o Brasil tinha 1,7 milhão de pessoas que trabalhavam por meio de plataformas digitais e aplicativos de serviços (transporte de pessoas, entrega de comida e produtos, serviços gerais ou profissionais). O número representou 1,9% da população ocupada no setor privado.

As estatísticas apontaram crescimento de 25,4% de pessoas no trabalho plataformizado, entre 2022 e 2024. O percentual correspondeu a 335 mil novos trabalhadores.

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