Rio amplia intervalo entre doses da CoronaVac por escassez do imunizante
Devido à escassez de imunizantes, o intervalo de três semanas entre as duas aplicações ganhou um espaçamento maior. O calendário de vacinação da primeira dose, todavia, está mantido
247 - A Prefeitura do Rio de Janeiro, de Eduardo Paes (DEM), anunciou um novo intervalo, maior, entre a primeira e a segunda dose da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan junto à farmacêutica chinesa Sinovac.
Devido à escassez de imunizantes, o intervalo de três semanas entre as duas aplicações ganhou um espaçamento maior, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.
Está mantida a vacinação com segunda dose de CoronaVac somente para acamados e idosos acima de 70 anos que fizeram a primeira dose no município do Rio. Nesta terça-feira, 4, será a vez de quem tem 67 anos ou mais.
Em seguida, serão apresentadas novas datas, que dependerão da entrega de remessas.
O Rio esperava receber 150 mil doses de CoronaVac na sexta-feira, mas apenas 17 mil chegaram efetivamente.
O calendário de vacinação da primeira dose, todavia, está mantido, pois a cidade recebeu uma dose expressiva do imunizante da Oxford/AstraZeneca.
Vacinação da 2ª dose suspensa em 8 capitais
Neste domingo, 2, a aplicação da segunda dose da CoronaVac estava suspensa em oito capitais brasileiras. De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a interrupção é resultado da conduta de seu antecessor no comando da pasta, Eduardo Pazuello.
"[O atraso] decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose", afirmou. "Logo que houver entrega da CoronaVac, [o problema] será solucionado."
Queiroga defende intervalo entre doses maior que o recomendado pela Pfizer
Após divulgar a distribuição das vacinas da Pfizer contra a Covid-19, que chegaram ao Brasil neste fim de semana, o Ministério da Saúde orientou que municípios brasileiros adotem o intervalo de 120 dias entre as aplicações da primeira e da segunda dose.
Trata-se de um prazo quase seis vezes maior que o recomendado pela farmacêutica, que indica 21 dias.
O intervalo maior se dá pela falta de doses no país e é baseado num estudo feito no Reino Unido, segundo o Ministério da Saúde.
"Com base nesses dados o ‘Joint Commiee on Vaccinaon and Immunisaon’ (JCVI), entidade assessora em imunizações do Reino Unido, orientou que o intervalo entre a primeira e a segunda dose desta vacina fosse ampliado para até 12 semanas. Esta recomendação considerou que a vacinação do maior número possível de pessoas com a primeira dose traria maiores benefícios do ponto de vista de saúde pública, considerando a necessidade de uma resposta rápida frente a pandemia de Covid-19", diz o órgão em informe técnico.
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