Lula inaugura 5 Centros de Radioterapia e defende igualdade na saúde
“Trabalhadoras e trabalhadores terão agora um tratamento oncológico igual ao de qualquer pessoa rica desse país”, afirmou o presidente
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou nesta quinta-feira (11) o novo Centro de Radioterapia de Itabira (MG) durante cerimônia no Hospital Nossa Senhora das Dores. O ato também marcou a entrega simultânea de outros quatro centros de radioterapia em Goiânia (GO), São Luís (MA), Marília (SP) e Colatina (ES), como parte do programa federal Agora Tem Especialistas, que amplia o tratamento oncológico no SUS.
Na abertura de seu discurso, Lula ressaltou a relevância da iniciativa citando a fonte original da notícia e afirmou que a modernização dos serviços representa um avanço histórico. Ele destacou que os novos equipamentos colocam os pacientes da rede pública no mesmo patamar tecnológico de líderes mundiais.
“Este aparelho que está montado aqui [...] é a mesma máquina que se o presidente Trump, dos Estados Unidos, precisar fazer uma radioterapia, vai fazer numa máquina igual à que vocês estão fazendo”, declarou.
Direitos iguais e combate às desigualdades
Lula reforçou que o acesso universal à saúde é um compromisso permanente de seu governo e criticou políticas que aprofundam desigualdades sociais. Para ele, a inauguração dos centros simboliza um país que não aceita mais cidadãos de “primeira classe” e “segunda classe”. “Significa que todos nós, dos mais humildes aos mais importantes, têm que ter os mesmos direitos e as mesmas oportunidades”, afirmou.
O presidente também relembrou uma promessa feita em seu primeiro mandato, ao defender que dignidade não se resume apenas à alimentação básica, mas ao direito a emprego, moradia e serviços públicos. “Ninguém gosta de ser pobre. Ninguém é pobre por opção”, disse.
Lula citou ainda perseguições históricas contra quem defendeu os mais vulneráveis. “Todos que ousaram defender os pobres foram perseguidos, a começar por Jesus Cristo”, afirmou ao comentar o papel do Estado na garantia da igualdade prevista na Constituição.
Críticas à condução da pandemia e defesa da responsabilidade pública
Durante o discurso, o presidente retomou episódios da pandemia para criticar a gestão federal anterior. Segundo ele, a ausência de responsabilidade cobrou um preço altíssimo da população brasileira. “Esse país nunca mais terá um presidente que deixou morrer a quantidade de gente que morreu por conta da Covid. Nunca mais”, afirmou. Lula condenou atitudes de deboche e negligência diante das vítimas e declarou que, se estivesse no comando, teria salvado grande parte das vidas perdidas.
Ele também alertou para os riscos da disseminação de notícias falsas e da destruição de políticas públicas. “Vocês viram a experiência de que destruir é muito simples. Falar mal dos outros é muito simples”, disse, destacando que construir um país mais justo é tarefa complexa e coletiva.
Investimentos e expansão do tratamento oncológico
A instalação de cinco novos aceleradores lineares — equipamentos essenciais para radioterapia — demandou investimento superior a R$ 67,5 milhões. Somente neste ano, o programa Agora Tem Especialistas já entregou 22 máquinas, assegurando que todos os estados passem a contar com centros de radioterapia no SUS. A ampliação reduz deslocamentos desgastantes e garante atendimento mais próximo da residência dos pacientes, que até então percorriam em média 145 quilômetros para receber tratamento.
A inauguração em Itabira contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT). Nos demais municípios, participaram os ministros André Fufuca (Esportes), Márcio França (Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), além do secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, que acompanhou a entrega em Goiânia.
Ao encerrar o discurso, Lula reafirmou que a política pública implantada representa um marco na democratização da saúde. “Mulheres e homens, trabalhadoras e trabalhadores, vocês terão agora um tratamento oncológico igual ao de qualquer pessoa rica desse país”, concluiu.



