Etiópia lança projeto nuclear para fortalecer segurança energética
Iniciativa ajuda a atender à crescente demanda energética nacional
247 - O ministro das Relações Exteriores da Etiópia, Gedion Timothewos, afirmou que o novo projeto de energia nuclear do país será essencial para atender à crescente demanda energética, tanto no presente quanto no futuro. A informação foi divulgada pela ENA e pela TV BRICS nesta quarta-feira (10).
Durante o lançamento do Programa de Energia Nuclear Etíope em Adis Abeba, Timothewos destacou que a construção de uma grande usina nuclear fortalecerá a segurança energética do país e impulsionará a transformação industrial. O projeto faz parte das recentes iniciativas de desenvolvimento anunciadas pelo primeiro-ministro Abiy Ahmed, que totalizam US$ 30 bilhões (mais de R$ 164 bilhões).
Para implementar o projeto, a Etiópia criou, em outubro de 2025, a Comissão de Energia Nuclear Etíope. O órgão será responsável pelo desenvolvimento do programa nuclear e pela integração dessa fonte de energia em setores-chave, como saúde, agricultura e indústria.
Além disso, a Rússia e a Etiópia assinaram um plano de ação para a construção de uma usina nuclear em território etíope, com o apoio da Rosatom. O acordo foi firmado entre o diretor da empresa russa, Aleksei Likhatchiov, e o chanceler etíope, Gedion Timothewos, durante uma reunião entre o presidente russo, Vladimir Putin, com o premiê do país africano, Abiy Ahmed.
BRICS - Projetos de energia nuclear estão ganhando força em diversos países do BRICS e seus parceiros. O Irã, por exemplo, planeja a construção de 8 usinas nucleares e destacou que, entre 2022 e 2024, alcançou cerca de 500 avanços científicos e tecnológicos nesse setor. A informação foi divulgada pela Mehr News Agency, parceira da TV BRICS.
O Egito também avança na construção da usina nuclear El-Dabaa, onde o reator do primeiro bloco já foi instalado. A cerimônia contou com a participação do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e do presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, por videoconferência.
A Indonésia, por sua vez, planeja criar mais de 6,8 mil empregos verdes por meio do desenvolvimento de novas usinas nucleares, integrando essa tecnologia à sua transição para fontes de energia renováveis, informou a Vietnam News Agency (VNA), parceira da rede TV BRICS.
Além disso, no final de 2024, o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, se reuniu com representantes de uma empresa nuclear russa para explorar uma colaboração em pesquisas sobre o potencial mineral do Brasil, que ocupa atualmente o sétimo lugar mundial em reservas de urânio. A parceria pode permitir que o Brasil atinja a terceira posição global nesse setor, conforme reportado pelo Brasil 247, parceiro da TV BRICS.





