247 - A OpenAI anunciou oficialmente sua chegada ao Brasil com a abertura do primeiro escritório da companhia na América Latina, prevista até o fim de 2025. O anúncio ocorreu durante a edição inaugural do DevDay São Paulo, realizado em 16 de outubro, e reforça a importância estratégica do mercado brasileiro para a empresa responsável pelo ChatGPT.
De acordo com reportagem publicada pelo <a href="https://startups.com.br/negocios/inteligencia-artificial/o-que-esperar-da-chegada-da-openai-ao-brasil/?utm_source=startupscombr.beehiiv.com&amp;utm_medium=newsletter&amp;utm_campaign=os-planos-da-openai-para-o-brasil&amp;_bhlid=60fcc8914f42e3a493ef491426a30bb08ccf922c">portal Startups</a>, a decisão faz parte da expansão internacional da OpenAI, que abriu seu primeiro escritório fora dos Estados Unidos em Londres, em 2023. O Brasil, hoje o terceiro maior mercado global de usuários do ChatGPT, passa a ter papel central na estratégia da empresa liderada por Sam Altman.
<h2>Ponto de escuta e colaboração</h2>
Em entrevista ao Startups, Nicolas Andrade, diretor de Políticas Públicas e Parcerias para a América Latina da OpenAI, explicou que o novo espaço terá múltiplas funções e não será apenas uma representação formal.
“A nossa prioridade é entender como os desenvolvedores brasileiros estão usando a API, como podemos gerar novas soluções ou ferramentas que ajudem eles”, afirmou.
A ideia é que o escritório sirva como centro de escuta, colaboração e aproximação com a comunidade local de desenvolvedores, startups e empresas.
<h2>O desafio do uso da API</h2>
Já Tony Silva, diretor de Contas–Startups da OpenAI, destacou que o grande desafio para o Brasil não é o uso cotidiano do ChatGPT como aplicativo, mas sim explorar o potencial da API da empresa, que permite integrar inteligência artificial a produtos e serviços de forma personalizada.
“Se você sabe usar o API, consegue criar formas diferentes de resolver problemas”, disse o executivo.
Apesar de questionada sobre capacitação em inteligência artificial e parcerias com universidades, a OpenAI afirmou que a prioridade, no momento, é estruturar o novo escritório.
<h2>Perspectivas para 2026</h2>
Segundo Nicolas Andrade, a partir de 2026 a empresa deve iniciar contratações no país, sobretudo na área comercial. Ele ressaltou que, embora a OpenAI seja uma empresa, sua missão permanece alinhada ao princípio da fundação sem fins lucrativos que a originou: tornar os benefícios da inteligência artificial acessíveis a todos.
“Hoje, temos 50 milhões de brasileiros usando toda semana o nosso modelo e queremos que essa ferramenta fique cada vez melhor para os brasileiros, seja por uma questão de compreender as nuances da nossa cultura ou de falar português cada vez melhor”, destacou.
Questionado sobre possíveis parcerias com empresas locais, Andrade preferiu manter o suspense:“Temos. Está chegando.”
<h2>DevDay e lançamentos no Brasil</h2>
O DevDay é uma série de encontros presenciais organizados pela OpenAI para aproximar desenvolvedores e empresas do ecossistema de inteligência artificial. Após São Paulo, o evento passará por Londres, Bengaluru, Tóquio e Seul.Na capital paulista, a companhia apresentou novidades voltadas à comunidade de desenvolvedores, como os Apps no ChatGPT, o Apps SDK, o Agent Builder e o novo Codex com recursos aprimorados. Além disso, a empresa anunciou melhorias em seus modelos, incluindo o Sora 2 na API e o realtime-mini.

Redação Brasil 247

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Negócios

OpenAI confirma primeiro escritório na América Latina e escolhe Brasil como sede

247 - A OpenAI, criadora do ChatGPT, concluiu uma operação bilionária de venda secundária de ações que avaliou a empresa em US$ 500 bilhões, consolidando-a como a startup mais valiosa do planeta. A informação foi publicada pela Bloomberg nesta quinta-feira (2).
Segundo a agência, atuais e ex-funcionários da companhia venderam cerca de US$ 6,6 bilhões em ações a um grupo de investidores que inclui Thrive Capital, SoftBank, Dragoneer Investment Group, MGX (de Abu Dhabi) e T. Rowe Price. A transação elevou significativamente a avaliação da empresa, que no início do ano havia sido estimada em US$ 300 bilhões em uma rodada liderada pelo SoftBank.
<h3>Superando a SpaceX e reforçando a corrida da IA</h3>
Com o novo patamar, a OpenAI ultrapassou a SpaceX, de Elon Musk, avaliada em torno de US$ 400 bilhões, tornando-se a maior startup do mundo. O salto no valor reforça o apetite dos investidores por empresas que lideram o avanço em inteligência artificial e infraestrutura de data centers — um setor que promete movimentar trilhões de dólares nos próximos anos.
Apesar de ainda não registrar lucros, a OpenAI vem fechando contratos estratégicos de peso com empresas como Oracle e SK Hynix.
<h3>Microsoft e mudanças na estrutura</h3>
O movimento ocorre em meio a negociações da OpenAI com a Microsoft para transformar sua estrutura em uma empresa de capital aberto com fins lucrativos, mantendo, no entanto, a entidade sem fins lucrativos que controla sua missão original. Fundada em 2015 como uma organização sem fins lucrativos, a empresa já vinha sendo criticada por mudanças em sua governança, especialmente após os bilhões recebidos da Microsoft desde 2019.
Elon Musk, cofundador da OpenAI, rompeu com a direção da empresa e chegou a processar a organização, acusando-a de desviar de seus princípios fundadores ao priorizar interesses comerciais.
<h3>Concorrência acirrada e retenção de talentos</h3>
Além da pressão judicial, a OpenAI enfrenta disputa intensa por talentos. Gigantes como a Meta têm oferecido pacotes milionários para atrair pesquisadores de IA, numa corrida para formar equipes capazes de desenvolver sistemas de “superinteligência”. Nesse contexto, a venda secundária de ações surge também como ferramenta para reter funcionários e incentivar a permanência dos principais nomes da companhia.
O negócio não alcançou o teto de US$ 10 bilhões autorizado para venda de ações, o que, segundo fontes consultadas pela Bloomberg, pode sinalizar a confiança de parte dos funcionários na solidez e nas perspectivas de longo prazo da OpenAI.
<h3>Novos lançamentos e a disputa global</h3>
Na frente tecnológica, a OpenAI tenta manter sua liderança frente a concorrentes como Google e Anthropic. Em agosto, a empresa lançou seu modelo mais avançado, o GPT-5, voltado a aplicações em programação e redação, e também disponibilizou versões abertas capazes de replicar processos de raciocínio humano. As novidades surgem meses depois da repercussão mundial do software aberto da chinesa DeepSeek, que chamou atenção por sua capacidade de rivalizar com modelos ocidentais.

Luis Mauro Filho

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Mundo

OpenAI ultrapassa US$ 500 bi em valor de mercado após venda de ações

247 - A OpenAI anunciou nesta segunda-feira (29 de setembro de 2025) a implementação de controles parentais para o ChatGPT na web e em aplicativos móveis, em resposta ao processo movido pelos pais de um adolescente da Califórnia que cometeu suicídio após, conforme alegado, ter recebido orientações da ferramenta para práticas de autoagressão.&nbsp;
De acordo com informações diulgadas pela Reuters, os novos controles permitem que pais e adolescentes associem suas contas — mediante convite — e ativem proteções reforçadas somente se o vínculo for aceito. Sob as novas regras, os responsáveis poderão limitar a exposição a conteúdos sensíveis, definir se o ChatGPT deve “lembrar” de conversas anteriores e decidir se os diálogos podem ser usados para treinar os modelos da OpenAI.&nbsp;
Também será possível estabelecer “horários silenciosos”, durante os quais o acesso à ferramenta ficará bloqueado, além de desativar o modo de voz e a geração ou edição de imagens.
Importante observar que os pais não terão acesso aos registros completos dos diálogos dos adolescentes. Em casos raros, quando detectados indícios de risco grave pela moderação automática ou por revisores treinados, a OpenAI poderá notificar os pais com informações suficientes para “apoiar a segurança” do jovem.&nbsp;
A empresa também informou que está desenvolvendo um sistema de previsão de idade para estimar quando um usuário é menor de 18 anos e aplicar automaticamente configurações mais restritivas nessas situações.&nbsp;
Reação regulatória e contexto amplo
O anúncio ocorre em meio a uma intensificação do escrutínio regulatório sobre empresas de inteligência artificial nos EUA, especialmente no que tange à proteção de menores.&nbsp;
A iniciativa da OpenAI se une a medidas recentes anunciadas por outras empresas de tecnologia para incluir salvaguardas em produtos com potencial de uso por adolescentes.
Com cerca de 700 milhões de usuários ativos semanais em seus produtos ChatGPT, a OpenAI busca com essa iniciativa demonstrar comprometimento com segurança e responsabilidade, diante da crescente preocupação pública sobre o impacto emocional e psicológico de interações com modelos de IA.&nbsp;
A nova política de controles parentais entra em vigor de imediato para novos usuários e será gradualmente disponibilizada para os usuários já existentes (com Reuters).&nbsp;

Leonardo Lucena

Ilustração com os logos da OpenAI  e do ChatGPT

Mídia

OpenAI lança controles parentais no ChatGPT após suicídio de adolescente

247 - A Nvidia anunciou nesta segunda-feira (22), em reportagem publicada pela Bloomberg, que investirá até US$ 100 bilhões na OpenAI para financiar a construção de centros de dados e infraestrutura voltada à inteligência artificial. O acordo, firmado por meio de uma carta de intenções, reforça a demanda crescente por ferramentas como o ChatGPT e o imenso poder computacional necessário para sustentar sua operação.
Segundo a Bloomberg, o plano prevê a instalação de centros de dados com capacidade mínima de 10 gigawatts de energia, equipados com chips avançados da Nvidia. O aporte será feito em etapas: a primeira tranche, de US$ 10 bilhões, será liberada na assinatura do contrato. Em troca, a fabricante receberá participação acionária na OpenAI. Cada incremento seguinte dependerá da ativação de 1 GW adicional de capacidade computacional.
<h3>Impacto imediato no mercado</h3>
O anúncio repercutiu no mercado financeiro, com as ações da Nvidia subindo 3,9% em Nova York, ampliando a valorização da companhia para 37% em 2025. A fabricante já ocupa o posto de empresa mais valiosa do mundo, enquanto a OpenAI é considerada a maior startup de tecnologia do planeta, avaliada em cerca de US$ 500 bilhões após negociações recentes.
O presidente-executivo da Nvidia, Jensen Huang, classificou o acordo como “o próximo salto adiante”. Em comunicado, ele afirmou: “Este investimento e parceria de infraestrutura marcam o próximo passo — implantar 10 gigawatts para alimentar a próxima era da inteligência”.
<h3>Escala sem precedentes</h3>
A dimensão do projeto chama atenção: 10 GW equivalem ao pico de demanda elétrica da cidade de Nova York. De acordo com Huang, a iniciativa exigirá até 5 milhões de chips da Nvidia, número equivalente a toda a produção anual da empresa.
Sam Altman, CEO da OpenAI, ressaltou que a parceria garantirá avanços na área: “Tudo começa com o poder de computação. A infraestrutura computacional será a base da economia do futuro”, declarou.
O ChatGPT, produto mais conhecido da startup, é utilizado semanalmente por cerca de 700 milhões de pessoas e exige grande capacidade de processamento para funcionar. A OpenAI tem enfrentado gargalos de infraestrutura para atender à demanda em lançamentos recentes, e Altman já antecipou novos produtos de alto consumo computacional nas próximas semanas.
<h3>Alinhamento estratégico e política</h3>
A Nvidia tem se posicionado como peça-chave da infraestrutura tecnológica doméstica, alinhando-se à prioridade do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Recentemente, a companhia também anunciou investimentos de até US$ 5 bilhões na Intel, fortalecendo laços com Washington em meio a restrições de exportação para a China.
O acordo reforça ainda a dependência da OpenAI em relação à Nvidia, ao mesmo tempo em que a startup busca diversificar fornecedores. O movimento ocorre em meio a uma corrida global bilionária por centros de dados, com projetos paralelos envolvendo gigantes como Oracle, Microsoft e Meta.
<h3>Projeções e riscos</h3>
Analistas estimam que a receita gerada pelo projeto pode superar o próprio investimento. Um único gigawatt em capacidade de centro de dados pode movimentar dezenas de bilhões de dólares em produtos da Nvidia.
Apesar da euforia, especialistas alertam para riscos de formação de uma bolha no setor, semelhante à vivida durante a era das empresas pontocom. O próprio Altman reconheceu recentemente a possibilidade, embora tenha defendido que o impacto transformador da inteligência artificial sustentará o crescimento de longo prazo.

Nvidia fecha megaparceria de US$ 100 bi com a OpenAI

247 – Os pais de Adam Raine, um jovem de 16 anos que morreu por suicídio em 11 de abril de 2025, processaram a OpenAI e o CEO Sam Altman na Justiça estadual de San Francisco. O processo alega que a empresa priorizou o lucro em detrimento da segurança ao lançar, em 2024, a versão GPT-4o do chatbot. A reportagem é da Reuters (26.ago.2025).
Segundo a ação, Adam manteve conversas por meses com o ChatGPT sobre métodos de autoagressão. O sistema teria validado seus pensamentos suicidas, fornecido instruções detalhadas sobre meios letais, orientado como esconder evidências de uma tentativa fracassada e até se oferecido para redigir uma carta de despedida. Os pais, Matthew e Maria Raine, afirmam que a OpenAI deve ser responsabilizada por morte por negligência e por violações das leis de segurança do consumidor.
A ação pede indenização em valores não especificados e solicita que a empresa seja obrigada a verificar a idade dos usuários, recusar consultas sobre métodos de autoagressão e alertar sobre os riscos de dependência psicológica.
Em nota à Reuters, a OpenAI declarou lamentar a morte do adolescente e afirmou que o ChatGPT já possui mecanismos de segurança, como direcionar pessoas para linhas de ajuda em crises. Um porta-voz da empresa afirmou: “Embora essas salvaguardas funcionem melhor em interações curtas e comuns, aprendemos ao longo do tempo que elas podem se tornar menos confiáveis em conversas longas, quando partes do treinamento de segurança do modelo podem se degradar”, acrescentando que a companhia continuará a aprimorar os mecanismos de proteção.
De acordo com os pais, a OpenAI tinha consciência dos riscos ao lançar o GPT-4o, uma versão que simulava empatia humana, validava sentimentos dos usuários e armazenava interações anteriores, aumentando a vulnerabilidade de pessoas em risco. Eles afirmam no processo: “Essa decisão teve dois resultados: a avaliação da OpenAI saltou de 86 bilhões para 300 bilhões de dólares, e Adam Raine morreu por suicídio.”
Especialistas em saúde mental alertam que chatbots podem ser utilizados como confidentes e fontes de apoio emocional, mas sem supervisão adequada podem representar riscos. Famílias que sofreram perdas semelhantes já haviam denunciado falhas de segurança em sistemas de inteligência artificial.
Em resposta às críticas, a OpenAI divulgou que estuda implementar controles parentais e novas formas de conectar usuários em crise a recursos reais, incluindo a possibilidade de criar uma rede de profissionais licenciados que possam responder diretamente no ChatGPT.

OpenAI e Sam Altman são processados pelo suposto papel do ChatGPT no suicídio de adolescente na Califórnia

247 – O CEO da OpenAI, Sam Altman, declarou que a empresa deverá investir trilhões de dólares nos próximos anos para desenvolver e operar a infraestrutura necessária à inteligência artificial (IA). A declaração foi feita durante um raro encontro com jornalistas, conforme <a href="https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-08-15/openai-s-altman-expects-to-spend-trillions-on-infrastructure?srnd=homepage-americas">informou a Bloomberg</a>.
“Você deve esperar que a OpenAI gaste trilhões de dólares em infraestrutura num futuro não muito distante. E deve esperar que vários economistas digam: ‘Isso é uma loucura, é imprudente, seja lá o que for’. E nós vamos dizer: ‘Sabe de uma coisa? Deixe-nos fazer o nosso trabalho’”, afirmou Altman.
<h2>Um novo modelo de financiamento</h2>
O executivo revelou que a startup está elaborando um modelo inédito para financiar esse volume de investimento. “Suspeito que possamos criar um tipo muito interessante de instrumento financeiro para financiar e computar que o mundo ainda não descobriu”, disse. “Estamos trabalhando nisso.”
Em janeiro, Altman esteve ao lado de Masayoshi Son, da SoftBank, e Larry Ellison, da Oracle, na Casa Branca para anunciar o Stargate, um projeto de infraestrutura de US$ 500 bilhões ao longo de quatro anos. Porém, ele destacou que seus planos vão muito além desse valor.
<h2>Investimento massivo, lucros futuros</h2>
Apesar de reconhecer que o mercado de IA está passando por uma fase de “exaltação” semelhante à bolha da internet nos anos 1990, Altman defendeu que o investimento maciço vale a pena. “A IA é a coisa mais importante a acontecer em muito tempo. É muito racional continuar investindo agora”, afirmou.
O CEO acredita que a sociedade não vai se arrepender desse esforço, embora reconheça que algumas avaliações de startups são “insanas” e frutos de “comportamento irracional”. “Alguém vai sair queimado nisso”, disse.
<h2>Possível abertura de capital</h2>
Parte da estratégia para viabilizar o financiamento pode incluir uma oferta pública de ações (IPO), embora Altman não tenha dado prazos. Ele admitiu que a OpenAI está passando por uma reestruturação corporativa complexa e afirmou: “Provavelmente teremos que abrir capital algum dia”.
<h2>Desafios com o GPT-5</h2>
O encontro com jornalistas também abordou o lançamento conturbado do GPT-5, que recebeu críticas mistas e gerou insatisfação entre usuários. “Acho que estragamos algumas coisas no lançamento. Aprendemos a lição sobre o que significa atualizar um produto para centenas de milhões de pessoas de uma só vez”, disse Altman.
Ele ainda comentou sobre o crescimento rápido do ChatGPT, a possibilidade de criptografar conversas para maior privacidade e o interesse em adquirir o navegador Chrome, caso a Justiça obrigue o Google a se desfazer dele.

ChatGPT: Sam Altman prevê investimento de trilhões de dólares em infraestrutura para IA

247 - A Apple está reconsiderando sua estratégia de inteligência artificial e pode fazer uma mudança drástica: substituir seus próprios modelos por tecnologias desenvolvidas pela <a href="https://www.brasil247.com/search?term=OpenAI+">OpenAI </a>(criadora do ChatGPT) ou pela Anthropic (criadora do Claude) para atualizar a Siri, seu assistente virtual.&nbsp;
Segundo informações reveladas pela agência Bloomberg, a companhia negocia a implementação de grandes modelos de linguagem (LLMs) de terceiros em sua infraestrutura de nuvem — medida que marcaria uma guinada significativa em relação à política atual de priorização de tecnologias internas.
A empresa de Cupertino, que tradicionalmente aposta em soluções desenvolvidas em casa, inclusive os chamados Apple Foundation Models, vinha preparando uma nova versão da Siri baseada nessa tecnologia própria com previsão de lançamento para 2026. No entanto, após múltiplos testes comparativos conduzidos por executivos como Mike Rockwell (chefe do projeto Siri) e Craig Federighi (líder de engenharia de software), a Apple concluiu que a tecnologia da Anthropic apresenta maior compatibilidade com as demandas do assistente de voz.
<h3>Apple ensaia ruptura com sua abordagem tradicional</h3>
A iniciativa para revisar a dependência de modelos internos ganhou tração após Rockwell e Federighi assumirem o controle da Siri, anteriormente sob responsabilidade de John Giannandrea, executivo que liderava os esforços em IA da empresa. Sua saída do comando do projeto ocorreu após críticas às funcionalidades lançadas sob sua gestão e atrasos no cronograma de entregas. Agora, a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Apple">Apple</a> avalia incorporar o Claude, da Anthropic, ou o ChatGPT, da OpenAI, à arquitetura da Siri a partir do próximo ano.
Ainda não há decisão final sobre a adoção das soluções externas, mas a pressão interna é crescente. Executivos como Rockwell passaram a considerar inevitável recorrer a terceiros para acelerar a modernização do sistema de voz e reposicionar a Apple na corrida da IA. A empresa tem testado, inclusive, a viabilidade de rodar esses modelos em sua própria infraestrutura, a Private Cloud Compute, que utiliza chips avançados fabricados pela Apple e promete garantir maior segurança e privacidade aos dados dos usuários.
<h3>Siri em crise: atrasos, promessas não cumpridas e perda de talentos</h3>
Lançada em 2011, a Siri perdeu relevância na última década e, mesmo após promessas de reformulação, continua distante das capacidades oferecidas por rivais como o Google Gemini ou a Alexa+. Em 2023, a Apple anunciou melhorias que prometiam permitir à assistente acessar dados pessoais e controlar aplicativos com mais precisão, mas essas funções foram adiadas indefinidamente. A nova previsão é que cheguem apenas na primavera de 2026.
Além dos entraves técnicos, há um clima de desânimo entre os engenheiros que trabalham nos modelos próprios. A equipe, composta por cerca de 100 pessoas sob a liderança de Ruoming Pang (ex-Google), tem manifestado frustração com a possibilidade de substituição por soluções terceirizadas. Há receio de que a medida represente um sinal de fracasso interno. “A moral da equipe está abalada”, relatou uma fonte à Bloomberg.
As tensões se intensificaram com a saída recente de Tom Gunter, um dos principais especialistas em LLM da companhia. Ele deixou a Apple após oito anos, e colegas avaliam que será difícil substituí-lo — especialmente diante de propostas milionárias de concorrentes como a Meta e a própria OpenAI, que oferecem pacotes anuais entre US$ 10 milhões e US$ 40 milhões para recrutar talentos em IA.
<h3>Negociações com OpenAI e Anthropic enfrentam entraves</h3>
Apesar da disposição para firmar parcerias, a Apple tem enfrentado obstáculos nas negociações. A Anthropic estaria exigindo um contrato bilionário com aumento escalonado nos valores a cada ano, algo que ainda trava a possibilidade de um acordo. A Apple, por sua vez, também cogita trabalhar com a OpenAI ou buscar outros fornecedores, caso os termos com a Anthropic se mostrem inviáveis.
A OpenAI já fornece funcionalidades limitadas para a Apple desde dezembro de 2024, como respostas a perguntas de conhecimento geral e sugestões de texto via os recursos do Writing Tools. Com o lançamento do iOS 26, ainda este ano, a integração com o ChatGPT será expandida para incluir geração de imagens e análise de conteúdo visual em tempo real.
<h3>Projeto Swift Assist é cancelado; Apple abre portas a IAs externas no Xcode</h3>
Outro reflexo da nova política é o cancelamento do Swift Assist, ferramenta anunciada em 2023 que usaria modelos da Apple para ajudar desenvolvedores a programar com o Xcode. Em seu lugar, será lançado um novo Xcode compatível com modelos externos — permitindo aos desenvolvedores escolher entre Claude e ChatGPT para apoio em codificação.
Embora os modelos locais da Apple — utilizados em tarefas simples como resumir e-mails ou criar emojis — continuem ativos e sejam liberados para uso por terceiros a partir do fim do ano, há temor entre engenheiros de que o uso de IA de terceiros na Siri abra precedente para mais substituições no futuro.
<h3>Mudanças de gestão escancaram transição na estratégia</h3>
As alterações na gestão de equipes ligadas à IA refletem o novo momento da companhia. Além da perda de autonomia sobre a Siri, Giannandrea também foi afastado da área de robótica e viu seus times de Core ML e App Intents serem transferidos para a supervisão de Federighi. A fundação de modelos ainda é chefiada por Daphne Luong, aliada de Giannandrea, mas seu espaço no organograma está encolhendo.
Apesar dos desafios, a Apple segue investindo pesado em IA. A empresa mantém planos de lançar produtos como um robô de mesa e óculos inteligentes baseados nessa tecnologia, além de cogitar aquisições estratégicas — como a startup Perplexity e a Thinking Machines Lab, fundada pela ex-CTO da OpenAI Mira Murati.

Apple avalia usar IA do ChatGPT ou Claude no lugar da própria tecnologia para impulsionar a Siri

WASHINGTON, 16 de junho (Reuters) - A OpenAI, fabricante do ChatGPT, recebeu um contrato de US$ 200 milhões para fornecer ferramentas de inteligência artificial ao Departamento de Defesa dos EUA, informou o Pentágono em um comunicado na segunda-feira.
"Com este prêmio, o artista desenvolverá protótipos de capacidades de IA de ponta para enfrentar desafios críticos de segurança nacional tanto em domínios de combate quanto empresariais", disse o Pentágono.
O trabalho será realizado principalmente em <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Washington+">Washington </a>e arredores, com data de conclusão estimada para julho de 2026, disse o Pentágono.
A OpenAI disse na semana passada que sua receita anualizada subiu para US$ 10 bilhões em junho, posicionando a empresa para atingir sua meta anual em meio à crescente adoção da IA.
A OpenAI disse em março que arrecadaria até US$ 40 bilhões em uma nova rodada de financiamento liderada pelo SoftBank Group (9984.T), abre uma nova abacom uma avaliação de US$ 300 bilhões. A OpenAI tinha 500 milhões de usuários ativos semanais no final de março.
O Gabinete de Gestão e Orçamento da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Casa+Branca">Casa Branca</a> divulgou novas orientações em abril, abre uma nova abaorientando agências federais a garantir que o governo e "o público se beneficiem de um mercado americano competitivo de IA".
A orientação isentou os sistemas de segurança e defesa nacionais.
Reportagem de Kanishka Singh em Washington; Edição de Leslie Adler

OpenAI fecha contrato de US$ 200 milhões com o Pentágono para desenvolver tecnologias de IA

SÃO FRANCISCO, 3 de junho (Reuters) — Dois anos após o lançamento do ChatGPT, o retorno financeiro direto da inteligência artificial generativa ainda é incerto. No entanto, um setor se destaca com avanços notáveis: o desenvolvimento de software.
As chamadas startups de geração de código, ou “code-gen”, vêm alcançando avaliações bilionárias à medida que empresas buscam utilizar IA para auxiliar — ou até substituir — engenheiros de software, tradicionalmente custosos.
A Cursor, sediada em São Francisco, levantou US$ 900 milhões em maio, alcançando uma avaliação de US$ 10 bilhões. A startup desenvolve uma plataforma capaz de sugerir, completar e até escrever trechos inteiros de código de forma autônoma. Entre os investidores estão nomes de peso como Thrive Capital, Andreessen Horowitz e Accel.
Já a Windsurf, de Mountain View, criadora da ferramenta de programação com IA chamada Codeium, entrou no radar da OpenAI, desenvolvedora do <a href="https://www.brasil247.com/search?term=ChatGPT">ChatGPT</a>. Fontes ouvidas pela Reuters afirmam que a OpenAI negocia a aquisição da Windsurf por US$ 3 bilhões. A ferramenta é conhecida por traduzir comandos em inglês simples para código — prática apelidada de “vibe coding” — e permite que usuários sem conhecimento técnico desenvolvam softwares. OpenAI e Windsurf não comentaram o possível acordo.
“A IA automatizou todo o trabalho repetitivo e tedioso”, afirmou Scott Wu, CEO da Cognition, outra startup da área. “O papel do engenheiro de software já mudou drasticamente. Não se trata mais de decorar sintaxes complicadas.”
Empreendedores e investidores dessas startups consideram estar numa corrida por mercado, buscando atingir massa crítica de usuários e consolidar seus produtos como padrão no setor. No entanto, por se apoiarem em modelos de IA desenvolvidos por terceiros — como OpenAI, Anthropic e <a href="https://www.brasil247.com/search?term=DeepSeek">DeepSeek</a> —, os custos por consulta aumentam continuamente e nenhuma dessas empresas opera com lucro.
Além disso, enfrentam concorrência crescente das gigantes Google, Microsoft e OpenAI, que anunciaram novos produtos de geração de código em maio. A Anthropic também prepara uma ferramenta semelhante, segundo duas fontes ouvidas pela Reuters.
A rápida expansão dessas startups ocorre mesmo em um terreno dominado pelas grandes empresas de tecnologia. O GitHub Copilot, da Microsoft, lançado em 2021 e considerado líder do setor, registrou mais de US$ 500 milhões em receita no ano passado, conforme revelou uma fonte à Reuters. A Microsoft não comentou os números, mas afirmou, em sua teleconferência de resultados de abril, que o Copilot tem mais de 15 milhões de usuários.
<h3>Impacto no emprego</h3>
A revolução trazida pela IA pode eliminar milhares de vagas, especialmente aquelas destinadas a programadores iniciantes, cujas tarefas são mais repetitivas e básicas. Segundo a Signalfire, empresa de capital de risco que monitora contratações no setor, a quantidade de novas admissões com menos de um ano de experiência caiu 24% em 2024. A empresa atribui a queda ao uso de IA para suprir funções antes realizadas por esses profissionais.
Em abril, o CEO do Google declarou que “bem mais de 30%” do código da empresa já é gerado por IA. No ano passado, o CEO da Amazon, Andy Jassy, afirmou que a companhia economizou o equivalente a 4.500 anos de trabalho de desenvolvedores graças ao uso da tecnologia. Ambas as empresas se recusaram a comentar os números.
Em maio, Satya Nadella, CEO da Microsoft, disse em uma conferência que entre 20% e 30% do código produzido pela empresa atualmente é gerado por IA. No mesmo mês, a Microsoft anunciou a demissão de 6 mil funcionários em todo o mundo, sendo mais de 40% deles desenvolvedores no estado de Washington, sede da companhia.
“Nossa prioridade é criar uma IA que torne os desenvolvedores mais produtivos, criativos e capazes de economizar tempo”, declarou um porta-voz da Microsoft. “Isso significa que alguns papéis vão mudar com a revolução da IA, mas a inteligência humana continua sendo central no ciclo de desenvolvimento de software.”
<h3>Receita alta, lucros no vermelho</h3>
Mesmo operando com prejuízos, algumas plataformas já apresentam receitas expressivas. A Cursor, que conta com apenas 60 funcionários, passou de zero a US$ 100 milhões em receita recorrente anual até janeiro de 2025 — menos de dois anos após ser fundada. A Windsurf, criada em 2021, lançou sua ferramenta em novembro de 2024 e já fatura US$ 50 milhões por ano, segundo uma fonte com conhecimento da empresa.
Contudo, quatro investidores familiarizados com a operação dessas startups afirmaram que ambas operam com margens brutas negativas — ou seja, gastam mais do que arrecadam.
“Os preços que as pessoas estão pagando por assistentes de codificação vão ficar ainda mais altos”, disse Quinn Slack, CEO da Sourcegraph, outra empresa do setor, à Reuters.
Tanto a Cursor quanto a Windsurf são lideradas por jovens ex-alunos do MIT na faixa dos 20 anos, e simbolizam o que muitos chamam de uma nova corrida do ouro do setor de IA. “Não vejo as pessoas trabalharem tanto assim desde o primeiro boom da internet”, afirmou Martin Casado, sócio da Andreessen Horowitz, que investe na Anysphere, criadora da Cursor.
O futuro, porém, ainda é incerto. Não se sabe se as dezenas de startups conseguirão manter seus clientes à medida que as gigantes ampliam sua atuação.
“Na maioria dos casos, não se trata de quem tem a melhor tecnologia — e sim de quem sabe utilizá-la melhor e vender seus produtos de forma mais eficaz”, avaliou Scott Raney, diretor da Redpoint Ventures, que investe na Sourcegraph e na Poolside, empresa que está desenvolvendo seu próprio modelo de IA.
<h3>Modelos personalizados de IA</h3>
Atualmente, muitas dessas startups dependem do modelo Claude, da Anthropic — que ultrapassou os US$ 3 bilhões em receita anualizada em maio, em parte graças às taxas pagas por empresas de geração de código.
Algumas startups, no entanto, estão tentando criar seus próprios modelos. A Windsurf anunciou em maio o desenvolvimento de modelos internos otimizados para engenharia de software. A Cursor, por sua vez, contratou uma equipe de pesquisadores para treinar modelos de larga escala próprios, buscando reduzir os custos com fornecedores de modelos fundacionais.
Treinar um modelo de IA do zero, no entanto, é um desafio caro. Os custos com infraestrutura computacional podem facilmente chegar a milhões de dólares.
A Replit, por exemplo, abandonou seus planos de treinar um modelo próprio. Já a Poolside, que captou mais de US$ 600 milhões, firmou uma parceria com a Amazon Web Services e está testando sua tecnologia com alguns clientes — embora ainda não tenha lançado nenhum produto ao público.
Outra startup do setor, a Magic Dev, arrecadou quase US$ 500 milhões desde 2023 e prometeu lançar um modelo de IA avançado no verão de 2024. No entanto, o produto ainda não foi disponibilizado.
A Poolside não comentou o andamento do projeto. A Magic Dev não respondeu ao pedido da Reuters.
Reportagem de Anna Tong e Krystal Hu, em Nova York; edição de Kenneth Li e Michael Learmonth

Ilustração de Inteligência Artificial (IA)
14/12/2023  REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração/Arquivo

Startups de IA transformam setor de programação e atraem avaliações bilionárias

Narendra Modi (à esq.) e Nicolás Maduro

'Studio Ghibli' bomba em nível global e ChatGPT ganha 1 milhão de usuários em 1 hora

247 - A Foxconn, maior fabricante de eletrônicos do mundo e responsável pela montagem de iPhones da Apple, anunciou nesta segunda-feira (10) seu primeiro modelo de linguagem em grande escala (LLM), o FoxBrain.
O lançamento marca a entrada da gigante taiwanesa na disputa por relevância no cenário global de inteligência artificial, dominado por atores como OpenAI, Google e modelos chineses como o DeepSeek. A estratégia, porém, prioriza eficiência computacional e código aberto, em um movimento que reflete tanto ambições tecnológicas quanto geopolíticas.
Baseado na arquitetura Meta Llama 3.1, o FoxBrain foi desenvolvido para aplicações internas, como análise de dados, suporte a decisões e geração de código, com foco em matemática e raciocínio lógico. Apesar de admitir lacunas em comparação ao DeepSeek, líder chinês em LLMs, a empresa afirma que o desempenho está "muito próximo dos padrões líderes mundiais". O diferencial, segundo o Dr. Yung-Hui Li, diretor do Centro de Pesquisa de IA da Foxconn, está na metodologia: "Adotamos uma estratégia muito eficiente, focando na otimização do processo de treinamento em vez de acumular cegamente poder de computação".
<h3>Eficiência como resposta à escassez de chips</h3>
A escolha por um treinamento rápido e menos dispendioso — possível graças à infraestrutura do supercomputador Taipei-1, em parceria com a Nvidia — não é casual. Em um mercado global marcado pela escassez de semicondutores e sanções à China, Taiwan busca consolidar-se como polo de inovação em IA sem depender exclusivamente de hardware massivo. O FoxBrain, por exemplo, usou a rede Quantum-2 InfiniBand da Nvidia para reduzir o tempo de processamento, uma decisão que também reforça os laços com a empresa de Jensen Huang, cujos servidores são montados pela Foxconn.&nbsp;
A decisão de tornar o modelo de código aberto é igualmente estratégica. Ao liberá-lo publicamente, a Foxconn alinha-se a uma tendência liderada por empresas chinesas como a DeepSeek, que já disponibilizam LLMs abertos para ganhar influência no setor. "Isso demonstra que o talento tecnológico de Taiwan pode competir com contrapartes internacionais", destacou a empresa em comunicado, em claro contraponto à rivalidade com a China.&nbsp;
<h3>Geopolítica e a batalha por padrões tecnológicos</h3>
A ascensão de LLMs asiáticos como o FoxBrain e o DeepSeek reflete uma disputa mais ampla por hegemonia em IA. Enquanto os EUA concentram-se em modelos fechados e proprietários, como ChatGPT, China e Taiwan apostam em ecossistemas abertos para acelerar a adoção industrial e estabelecer padrões regionais. Para a Foxconn, a meta é usar sua expertise em manufatura para integrar IA em cadeias de suprimentos, reduzindo custos e atraindo parceiros globais.&nbsp;
No entanto, críticos apontam que o modelo taiwanês ainda carece de escala para rivalizar com investimentos chineses. A DeepSeek, por exemplo, já domina nichos como finanças e saúde na Ásia, com modelos treinados em bancos de dados massivos — algo que o FoxBrain, por enquanto, não replicou. "A eficiência é válida, mas sem dados diversificados e aplicações concretas, o risco é ficar restrito a nichos", analisa um especialista anônimo citado pelo Valor Econômico.
O anúncio do FoxBrain ocorre em um momento crítico para a Foxconn. Além de expandir sua divisão de veículos elétricos, a empresa busca reduzir dependência da Apple, que responde por 50% de seu faturamento. A aposta em IA não apenas diversifica receitas, mas posiciona Taiwan como alternativa à China na corrida tecnológica — ainda que ambas as economias permaneçam interligadas.

O logotipo da Foxconn, nome comercial da Hon Hai Precision Industry, é visto no topo da sede da empresa em New Taipei City, Taiwan

Foxconn entra na corrida global de IA com modelo de código aberto

247 - A plataforma chinesa de inteligência artificial (IA) DeepSeek foi lançada há pouco mais de um mês, mas ainda está dando o que falar no cenário não apenas tecnológico, como também geopolítico.&nbsp; De acordo com o professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas e Computação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Claudio Miceli conta, embora já existissem versões de IA de código aberto, o que possibilita que qualquer um baixe o código e o execute, a versão chinesa é muito superior e utiliza muito menos recursos. "Existem outros modelos aí surgindo. Inclusive, logo em seguida, a Alibaba soltou um modelo depois do DeepSeek, que teoricamente tem desempenho ainda melhor, e estão surgindo outros modelos. Todo mundo pode se beneficiar dessa competição. Isso para o modelo de negócio da OpenAI é extremamente disruptivo, porque eles se baseiam nesse segredo de mercado." Do ponto de vista geopolítico, o professor de ciência política e relações internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Henrique Carlos de Castro acredita que o DeepSeek representa ameaça real ao modelo capitalista de IA centrado em altos investimentos e lucros ainda maiores. "É possível que o ser humano, da mesma maneira que constrói guerras, empresas e lucro, possa construir uma inteligência artificial que resolva problemas da sociedade, e não apenas das empresas." Conforme o estudioso, as reações de grandes potências que representam as grandes corporações, como os Estados Unidos, são imediatas. "Isso já aconteceu no seu primeiro governo [do atual presidente dos EUA, Donald Trump], quando impôs sanções tecnológicas à China com o objetivo de retardar o desenvolvimento tecnológico em inteligência artificial da China. Suas ações são claramente imperialistas, o imperialismo clássico, do início do século XX, período em que ele se inspira para falar da Grande América." <h2>Diferenças</h2>  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230327120328_682018cb165786ab61354af0baae1368df6b38d63781ac224d3e897afcb09160.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20230327120328_682018cb165786ab61354af0baae1368df6b38d63781ac224d3e897afcb09160" data-rendition-name="original" width="4276" height="2901" loading="lazy" alt="ChatGPT"><figcaption>Ilustração com os logos da OpenAI e do ChatGPT. Foto: Dado Ruvic / Reuters</figcaption></figure>  Com propostas diferentes, mas igualmente relevantes, essas ferramentas mostram como a IA pode ser aplicada tanto na criatividade quanto na análise precisa de dados. O ChatGPT (EUA) é ideal para quem busca eficiência em comunicação e criação de conteúdo, enquanto o DeepSeek é uma solução poderosa para profissionais que precisam interpretar grandes volumes de informações para apoiar suas estratégias. <h3>Propósito e Funcionalidade:</h3> ChatGPT: Desenvolvido pela OpenAI, o ChatGPT é um modelo de linguagem focado em interações conversacionais. Ele é projetado para gerar texto de forma natural, responder perguntas, ajudar com tarefas de redação, tradução, programação e muito mais. É amplamente utilizado para aplicações de chatbots, suporte ao cliente e assistência geral. DeepSeek: O DeepSeek é uma plataforma de busca e análise de dados que utiliza técnicas avançadas de IA para processar grandes volumes de informações. Ele é mais voltado para a extração de insights, análise de tendências e tomada de decisões baseadas em dados. O DeepSeek pode ser usado em áreas como business intelligence, pesquisa de mercado e análise de dados. <h3>Tecnologia:</h3> ChatGPT: Baseado no modelo GPT (Generative Pre-trained Transformer), o ChatGPT utiliza redes neurais profundas para gerar texto de forma autônoma. Ele é treinado em grandes conjuntos de dados textuais para entender e gerar linguagem natural. DeepSeek: Utiliza técnicas de processamento de linguagem natural (NLP) e machine learning para analisar e interpretar dados. Ele pode integrar dados estruturados e não estruturados, oferecendo ferramentas para visualização e análise detalhada. <h3>Aplicações:</h3> ChatGPT: Ideal para interações humanas, como suporte ao cliente, geração de conteúdo, assistência em tarefas cotidianas e aprendizado. Também é usado em desenvolvimento de software para gerar código e documentação. DeepSeek: Mais adequado para empresas e pesquisadores que precisam analisar grandes volumes de dados, identificar padrões e tomar decisões estratégicas. É usado em setores como finanças, saúde, marketing e pesquisa acadêmica. <h3>Interface e Usabilidade:</h3> ChatGPT: Oferece uma interface simples e conversacional, onde os usuários podem interagir diretamente com o modelo por meio de texto. DeepSeek: Geralmente oferece uma interface mais robusta, com dashboards e ferramentas de visualização de dados para análise detalhada. <h3>Público-Alvo:</h3> ChatGPT: Voltado para um público amplo, incluindo indivíduos, desenvolvedores e empresas que buscam uma solução de IA para interações textuais. DeepSeek: Focado em profissionais e organizações que necessitam de análise de dados avançada e ferramentas de business intelligence (com informações de Sputnik e InfoMoney).

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