247 - O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou, na ExpoCannabis, em São Paulo-SP, que o tema da legalização da cannabis vem ganhando força no país e não pode ser mais ignorado.&nbsp;
Ao discursar no sábado (15) durante o Fórum Internacional da megafeira, Teixeira ressaltou os avanços rumo à regulamentação da cannabis medicinal, destacando o papel das associações do setor e o reconhecimento crescente por parte do judiciário, do governo federal, do parlamento e da comunidade científica.
Teixeira lembrou que, quando ainda era deputado, apresentou um projeto de lei inspirado na proposta de nacionalizar a produção de cannabis. Segundo ele, a iniciativa avançou lentamente até chegar ao plenário. A proposta original autorizava a pesquisa científica, o cultivo, regulamentava associações, farmácias, a indústria farmacêutica, além do uso industrial e do fornecimento ao SUS. Mesmo após a retirada do trecho que tratava do autoplantio, o texto acabou travado na fase final de votação.
"Acho que devemos avançar, reabrindo o debate no Senado e ampliando o debate", disse o ministro, ao defender que as associações tenham um papel central no fornecimento ao SUS.&nbsp;
"Devemos enfrentar esse tema no Congresso Nacional", disse Teixeira. "Vamos derrotar os fundamentalistas na Câmara com mobilização e avançar no debate no Senado... Não tem como tratar uma planta com esse preconceito", acrescentou, destacando a conjuntura favorável do momento atual.&nbsp;
Teixeira afirmou que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de estabelecer um limite de THC não se sustenta tecnicamente. Por isso, defendeu a mobilização popular em torno do projeto de lei 399/2015, que, reforçou, não fixa qualquer percentual para o composto e, segundo ele, melhor atende às necessidades da regulamentação.

Leonardo Sobreira

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Política de Drogas

Na ExpoCannabis, Paulo Teixeira defende projeto de lei que legaliza a maconha no país

247 - A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) participará de uma mesa técnica na ExpoCannabis 2025, em São Paulo, dedicada ao tema dos múltiplos usos em potencial do cânhamo industrial no Brasil.&nbsp;
<div class="embed-block"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/kPeqDfnr2gg?si=NyVWiX1MEqIISOu1" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></div>
Além de abastecer setores como o têxtil, o alimentício, a construção civil e o farmacêutico, o cânhamo é considerado um insumo estratégico da economia verde, com aplicações em fibras, sementes, biomateriais, bioplásticos e suplementos. Em escala global, esse mercado deve atingir US$ 100 bilhões até 2026, de acordo com estimativas da organização inglesa Prohibition Partners.
Mesmo com clima favorável, solos amplamente estudados e uma das cadeias agrícolas mais estruturadas do mundo, o Brasil segue de fora do mercado, que já é realidade em mais de 60 países.
Na ExpoCannabis, que começa nesta sexta-feira (14), na São Paulo Expo, a Embrapa apresenta o HempTech Brasil, projeto desenvolvido em parceria com a Assessoria de Estratégia da empresa, a Embrapa Clima Temperado, o Instituto Ficus e a The Green Hub.&nbsp;
A instituição também realiza uma palestra técnica sobre avanços científicos e desafios regulatórios para o desenvolvimento do cânhamo industrial no país. O HempTech Brasil inclui o Observatório Embrapa de Tendências sobre Cannabis no Agronegócio e a Plataforma de Inovação Aberta HempTech, que conecta startups, empresas e pesquisadores no co-desenvolvimento de soluções para o setor.

Plantas de cannabis dentro de estufa da Universidade Federal de Viçosa (MG) - 18/08/2021

Na ExpoCannabis, Embrapa promove os potenciais do cânhamo industrial

247 – Foi realizada nesta quarta-feira (12), em São Paulo, a convenção Cannabis Business Hub, que reuniu executivos, investidores e autoridades para discutir oportunidades em múltiplas frentes do setor — de cafés enriquecidos com terpenos ao interesse da Secretaria Estadual da Agricultura e da Embrapa.
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Como prévia da megafeira ExpoCannabis, o encontro no São Paulo Expo animou os executivos diante das projeções apresentadas pela Kaya Mind, um núcleo de soluções para o mercado de cannabis. A CEO da empresa, Maria Eugênia Riscala, afirmou que, apesar da lentidão regulatória no país, há perspectiva de que o primeiro marco — o da cannabis medicinal — saia no primeiro semestre de 2026.
A partir desse avanço, ela projeta uma evolução vertiginosa, com cifras multibilionárias em curto prazo. “O mercado da cannabis como um todo poderia movimentar, ao todo, 26 bilhões de reais/ano, equivalente ao de produtos de limpeza doméstica, por exemplo, com um potencial de receita fiscal de 8 bilhões de reais”, destacou. Riscala também ressaltou que, apenas com a autorização do plantio para fins medicinais — como se espera do marco inicial —, o segmento de cannabis medicinal poderia movimentar quase 7 milhões de reais.
Executivos internacionais apontaram tendências observadas no exterior: fora do Brasil, o consumo de cannabis fumada perde espaço, enquanto alternativas como comestíveis e vaporizadores avançam. “O Brasil pode ser altamente competitivo”, frisou Riscala.
Para a CEO da ExpoCannabis, Larissa Uchida, o reconhecimento das autoridades — brasileiras e de países vizinhos presentes — representa “um marco”. Ela defendeu ainda o papel estratégico da Embrapa no fomento ao cultivo no país.
A ExpoCannabis 2025 será realizada de 14 a 16 de novembro, no São Paulo Expo.

Painel da ExpoCannabis 2025 no Cannabis Business Hub, na São Paulo Expo, em São Paulo-SP - 12/11/2025

Setor canábico em ascensão projeta crescimento vertiginoso e traz novas tendências a São Paulo

247 - A expectativa é histórica: a ExpoCannabis 2025 deve atrair 45 mil visitantes em três dias de evento em São Paulo, segundo a CEO da megafeira, Larissa Uchida.&nbsp; O anúncio foi feito na última semana pela executiva, em encontro organizado pela cônsul-geral do Uruguai em São Paulo, Soledad Britos, com jornalistas na sede da representação do país, pioneiro na regulamentação da cannabis. O evento demonstra o papel estratégico da diplomacia uruguaia para ampliar pontes comerciais com o Brasil em setores de alto potencial econômico e social.&nbsp; O lançamento ocorre em um momento decisivo para o mercado brasileiro. Em fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) descriminalizou o porte de cannabis para uso pessoal em quantidades de até 40 gramas. Apesar do avanço, especialistas alertam que a regulamentação definitiva ainda depende de ajustes e pode encontrar entraves políticos e econômicos. Enquanto isso, o setor vislumbra a formação de cadeias produtivas de alto valor agregado, que vão além do uso recreativo, incluindo aplicações industriais, medicinais e sociais. No Uruguai, modelo de referência na região, o atual governo do presidente Yamandú Orsi busca modernizar ainda mais a política de drogas, enfrentando algumas contradições que persistem no país.&nbsp; O evento de apresentação contou também com a presença da cofundadora da ExpoCannabis Uruguai, Mercedes Ponce, da CEO da Kaya Mind, Maria Eugenia Riscala, do cofundador da mesma empresa, Thiago Cardoso, além de representantes do setor. <h2>Exemplo a ser seguido</h2> A cônsul-geral abriu o encontro anunciando o lançamento da feira e destacando a trajetória virtuosa do país vizinho. “O objetivo é promover o conhecimento da cannabis no Brasil. Por meio de políticas públicas, o Uruguai se tornou um grande exportador de cânhamo, com forte industrialização, por meio de investimento estrangeiro”, afirmou. <h2>Desafios regulatórios</h2> Ponce apresentou uma série de dados sobre a regulação do setor em seu país. “No Uruguai, existe o mercado recreativo, o medicinal e o industrial. Com a regulação se assentando, há uma diminuição na prevalência do consumo. A idade média de início de consumo passou a 20,1 em 2024 de 18,9 em 2006. Os indicadores apontando o uso problemático da cannabis se manteve praticamente no mesmo nível. Redução do narcotráfico clássico de 58,12% em 2014 a 6,7% em 2024. A estratégia é competir com preços baixos para acabar com o tráfico".&nbsp; Ela, no entanto, reconheceu as contradições ainda presentes no modelo uruguaio. “Nas farmácias, se compra o recreativo, porém com registros para cidadãos, e não há uso medicinal. Hoje no Uruguai não existe o turismo canábico por conta disso, mas umas das mudanças que o governo atual está promovendo aberturas nesse sentido", disse.&nbsp; <h2>"Risco Brasil"</h2> Já no Brasil, os riscos para o processo de regulamentação foram apontados por Maria Eugenia Riscala, CEO da Kaya Mind. “Não podemos descartar o ‘Risco Brasil’, como os lobbies que podem prejudicar a regulamentação. Precisamos também engajar mais a população e os múltiplos interesses na cannabis", disse.&nbsp; Ao mesmo tempo potencial econômico foi destacado por Thiago Cardoso, cofundador da mesma consultoria. “326 mil empregos informais e formais podem ser gerados contando com uma regulamentação ampla. O potencial de exportação de cânhamo é de 4,9 bilhões de reais no Brasil, mas as condições ainda não estão dadas para isso", disse.&nbsp; Ele acrescentou que a cannabis pode oferecer alternativa ao agronegócio tradicional e frisou que "o mercado não deve ser elitizado". “O retorno líquido do cânhamo é de 20 reais por hectare, enquanto o da soja é 3 reais.” <h2>Projeção histórica</h2> Para Uchida, a regulamentação da decisão do STF deve ser concluída em breve, o que permitirá uma edição histórica em novembro. “No final deste mês e espera-se, portanto, um evento histórico em novembro, cujo tema será ‘Cultivar para Florescer’", disse.&nbsp; Ela destacou a importância de consolidar o evento como referência na América Latina. “A expectativa de público é de 45 mil pessoas em 3 dias, tornando-se a maior feira de cannabis da América Latina", disse.&nbsp; A executiva também ressaltou as diferentes áreas que podem se beneficiar da cadeia produtiva sustentável. “A cannabis está totalmente de acordo com a Agenda 2030 da ONU", disse. “Não é só saúde, é indústria", acrescentou.&nbsp; Uchida enfatizou ainda os compromissos ambientais assumidos pela ExpoCannabis Brasil. “O cultivo de cannabis serve como crédito de carbono--somos a primeira empresa que fez isso no Brasil", disse.&nbsp; A <a href="https://expocannabisbrasil.com/?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAadUomtukGtUOlVO-rhLdQ1K8J6QY_fbgu114UgCKfKod-L4UQWVLE2IjCPw5Q_aem_bbFWMXH9O-xRDb_tr2aNhQ">ExpoCannabis 2025</a> acontece entre os dias 14 e 16 de novembro, na São Paulo Expo. Na véspera, em 12 de novembro, será realizado o Cannabis Business Hub, encontro voltado à conexão entre empresas e investidores do setor.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250921090952_c0da6f09cdea318ad0e05d7106a66d41ee6823d099c4d321d6808843dba699fe.png" data-media-id="editor_1" data-image-id="20250921090952_c0da6f09cdea318ad0e05d7106a66d41ee6823d099c4d321d6808843dba699fe" data-rendition-name="original" width="838" height="1122" loading="lazy" alt="materia"><figcaption>A cônsul-geral uruguaia em São Paulo, Soledad Britos, e a CEO da ExpoCannabis Brasil, Larissa Uchida, em evento a jornalistas na sede da representação do país na capital paulista - 17 de setembro de 2025 (Foto: Rojas Comunicação)</figcaption></figure>

ExpoCannabis 2025, em São Paulo, projeta atrair recorde de público na maior feira do setor na América Latina

247 – Uma pesquisa realizada pela Kaya Mind e divulgada em 13 de novembro durante a coletiva de imprensa da ExpoCannabis, maior feira de cannabis da América Latina, revelou que cerca de 600 mil brasileiros fazem uso de cannabis medicinal. A feira, que ocorrerá entre 15 e 17 de novembro no São Paulo Expo, destaca a relevância deste mercado em expansão e suas implicações para a saúde e a economia do país.
A cannabis medicinal, indicada para o tratamento de diversas patologias, é comercializada em diferentes formas, como gotas, óleos, pomadas e cremes. Este segmento tem se mostrado promissor, não apenas pela variedade de produtos disponíveis, mas pelo crescente número de profissionais da saúde habilitados a prescrever tais tratamentos. Atualmente, mais de 10 mil médicos estão capacitados para a prescrição de cannabis medicinal no Brasil, com a projeção de que esse número triplique até 2025. “O mercado está evoluindo, e os profissionais de saúde estão se conscientizando cada vez mais sobre os benefícios terapêuticos da cannabis”, comenta Maria Eugênia, CEO da Kaya Mind.
Apesar do crescimento, o setor ainda enfrenta desafios, especialmente relacionados à burocracia na importação de produtos à base de cannabis. No entanto, o mercado jurídico vem se adaptando para facilitar esses processos, contribuindo para que pacientes possam ter acesso mais ágil aos tratamentos.
Durante a <a href="https://www.sympla.com.br/evento/expocannabis-brasil-2024-2-edicao/2375321?referrer=expocannabisbrasil.com">ExpoCannabis</a>, representantes de diversos setores da indústria participarão de painéis de discussão e apresentarão suas soluções. A feira oferece aos visitantes a oportunidade de receberem orientações sobre o uso medicinal da cannabis e de obterem gratuitamente uma carteirinha digital, ferramenta que auxilia nos trâmites necessários para o acesso aos tratamentos.
O mercado de cannabis medicinal no Brasil não apenas representa um avanço na área da saúde, mas também um potencial econômico significativo. Com a projeção de crescimento no número de prescrições e a expansão do setor, o país pode se tornar um importante player no mercado global de cannabis medicinal.
Entenda os benefícios da cannabis medicinal
A cannabis medicinal tem ganhado destaque nos últimos anos devido aos seus potenciais benefícios no tratamento de diversas condições de saúde. Estudos e experiências clínicas mostram que a planta pode ser eficaz no alívio de sintomas e na melhora da qualidade de vida de pacientes com diferentes patologias. Abaixo, entenda melhor os principais benefícios da cannabis medicinal:
1. Controle da Dor Crônica
A cannabis é amplamente utilizada para o tratamento de dores crônicas, uma das condições mais comuns que leva pacientes a buscarem tratamentos alternativos. Substâncias como o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) agem nos receptores do sistema endocanabinoide, ajudando a reduzir a percepção da dor.
2. Alívio de Espasmos Musculares
Pacientes com esclerose múltipla e outras condições neuromusculares frequentemente relatam benefícios no uso da cannabis para reduzir espasmos e tensões musculares. Isso ocorre porque os compostos da planta ajudam a relaxar os músculos e diminuir as contrações involuntárias.
3. Tratamento de Distúrbios do Sono
A insônia e outros distúrbios do sono podem ser tratados com a cannabis medicinal. O CBD, em particular, é conhecido por ter propriedades relaxantes que ajudam a melhorar a qualidade do sono sem os efeitos colaterais dos sedativos tradicionais.
4. Redução de Náuseas e Vômitos Induzidos por Tratamentos
Pacientes em tratamento quimioterápico podem se beneficiar da cannabis medicinal para reduzir as náuseas e os vômitos, efeitos colaterais comuns desses tratamentos. O THC tem se mostrado eficaz para aliviar esses sintomas e melhorar o apetite em pacientes oncológicos.
5. Controle de Crises Epilépticas
Um dos casos mais notáveis de uso da cannabis medicinal é no tratamento da epilepsia refratária. Estudos demonstraram que o uso de CBD pode reduzir significativamente a frequência e a intensidade das crises em pacientes, especialmente crianças com síndromes como a de Dravet e Lennox-Gastaut.
6. Ação Anti-inflamatória
A cannabis medicinal também possui propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar em condições como artrite, doenças inflamatórias intestinais e outras enfermidades autoimunes. O CBD tem se destacado por seu potencial de diminuir a inflamação sem os efeitos colaterais típicos dos anti-inflamatórios convencionais.
7. Auxílio no Tratamento da Ansiedade e Depressão
Embora o uso da cannabis para tratar condições de saúde mental ainda seja um tema em debate, muitos estudos apontam que o CBD pode ajudar a reduzir os sintomas de ansiedade e depressão. Isso ocorre porque ele interage com receptores do cérebro que regulam o humor e a resposta ao estresse.
8. Suporte no Tratamento do Mal de Parkinson e Outras Condições Neurológicas
A cannabis medicinal tem mostrado benefícios em ajudar a aliviar sintomas como tremores e rigidez muscular em pacientes com Mal de Parkinson. Além disso, pesquisas estão em andamento para avaliar sua eficácia em outras doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e esclerose lateral amiotrófica (ELA).
O uso da cannabis medicinal deve sempre ser feito sob orientação médica e em conformidade com as regulamentações locais. Os benefícios descritos variam de acordo com a condição do paciente e a formulação utilizada (com diferentes concentrações de CBD e THC). Com o aumento das pesquisas e a ampliação do conhecimento sobre o tema, a tendência é que a cannabis se torne uma opção terapêutica ainda mais reconhecida e acessível.

Saúde

600 mil brasileiros já utilizam cannabis medicinal, aponta estudo

247 – Discussões sobre a regularização da cannabis estão ganhando força no Brasil, com debates ativos no Supremo Tribunal Federal, no Congresso Nacional e em diversos setores da sociedade civil. Dados recentes divulgados pela Kaya Mind, durante coletiva de imprensa na ExpoCannabis, destacam o impacto econômico e social que a liberação da erva poderia trazer. Segundo a CEO da Kaya Mind, Maria Eugênia, “é um mercado bilionário” que pode movimentar cifras impressionantes, com potencial de gerar mais de 328 mil empregos, entre formais e informais, caso a regularização aconteça.
Hoje, mesmo sob restrições legais, o mercado da cannabis movimenta entre R$ 4,1 bilhões e R$ 11 bilhões. A análise detalhada da Kaya Mind mostra que, se o uso da cannabis fosse liberado, o setor poderia ultrapassar a marca de R$ 26 bilhões, proporcionando uma arrecadação de mais de R$ 8 bilhões aos cofres públicos. “A liberação significaria uma movimentação que ultrapassaria a casa de R$ 26 bilhões”, ressaltou Maria Eugênia, evidenciando o potencial de crescimento exponencial do mercado.
Impacto no mercado de trabalho e na economia
O estudo da Kaya Mind estima que a criação de 328 mil postos de trabalho reduziria em cerca de 4,5% a atual taxa de desemprego do Brasil, que, segundo dados mais recentes, estava em 7,3 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio de 2024. Esse cenário coloca a liberação da cannabis como uma possibilidade atraente não apenas para investidores e empresários, mas também para a economia nacional como um todo, dada a potencial geração de empregos e o aumento da arrecadação fiscal.
O mercado de produtos relacionados à cannabis já demonstra relevância. Atualmente, um milhão de brasileiros consomem tabaco de enrolar, movimentando aproximadamente R$ 567,7 milhões por ano. O setor de sedas, que serve tanto para tabaco quanto para cannabis, soma pouco mais de R$ 300 milhões anuais. Com a liberação, esses números poderiam crescer substancialmente.
ExpoCannabis e o futuro do setor
Durante os três dias da ExpoCannabis, em São Paulo, representantes de diferentes setores discutirão as implicações da liberação da cannabis, apresentando serviços e promovendo debates sobre o uso medicinal e recreativo da erva. Os visitantes poderão participar de fóruns, receber orientações sobre o uso da cannabis medicinal e até obter uma carteirinha digital gratuita para facilitar o acesso a tratamentos com medicamentos à base da planta.
Serviço:
<ul>
 <li>Data: 15 a 17 de novembro</li>
 <li>Horário: 11h às 21h</li>
 <li>Local: São Paulo Expo - Rodovia dos Imigrantes, 1,5 KM - Vila Água Funda - São Paulo – SP</li>
 <li>Ingressos:<a href="https://www.sympla.com.br/evento/expocannabis-brasil-2024-2-edicao/2375321?referrer=expocannabisbrasil.com "> link para ingresso</a></li>
</ul>
A possibilidade de liberação da cannabis traz à tona um debate essencial sobre inovação, políticas públicas e desenvolvimento econômico, mostrando que o Brasil tem potencial para se tornar um dos principais players desse mercado crescente.
Tags sugeridas: cannabis no Brasil, mercado de trabalho, geração de empregos, economia brasileira, legalização da maconha, ExpoCannabis, políticas públicas, saúde e bem-estar.
Saiba em que países e em que estados norte-americanos a cannabis foi liberada
A legalização da cannabis varia significativamente ao redor do mundo e nos Estados Unidos, com diferentes países e estados adotando políticas específicas para uso medicinal e recreativo.
Países que legalizaram a cannabis:
<ul>
 <li>Uruguai: Em 2013, tornou-se o primeiro país a legalizar completamente a produção, distribuição e consumo de cannabis para uso recreativo.</li>
 <li>Canadá: Em 2018, legalizou o uso recreativo da cannabis, permitindo que adultos possuam até 30 gramas e cultivem até quatro plantas por residência.</li>
 <li>Alemanha: Em abril de 2024, descriminalizou o uso de cannabis, permitindo que adultos possuam até 25 gramas em público e cultivem até três plantas para uso pessoal.</li>
 <li>México: Em 2021, a Suprema Corte descriminalizou o uso recreativo privado de cannabis por adultos.</li>
 <li>Jamaica: Descriminalizou a posse de pequenas quantidades e permite o uso para fins religiosos pela comunidade Rastafari.</li>
</ul>
Estados dos EUA que legalizaram a cannabis:
Nos Estados Unidos, a legalização da cannabis varia por estado. Até novembro de 2024, 24 estados e o Distrito de Columbia legalizaram o uso recreativo da cannabis:
<ul>
 <li>Alasca</li>
 <li>Arizona</li>
 <li>Califórnia</li>
 <li>Colorado</li>
 <li>Connecticut</li>
 <li>Delaware</li>
 <li>Illinois</li>
 <li>Maine</li>
 <li>Maryland</li>
 <li>Massachusetts</li>
 <li>Michigan</li>
 <li>Minnesota</li>
 <li>Missouri</li>
 <li>Montana</li>
 <li>Nevada</li>
 <li>Nova Jersey</li>
 <li>Novo México</li>
 <li>Nova York</li>
 <li>Ohio</li>
 <li>Oregon</li>
 <li>Rhode Island</li>
 <li>Vermont</li>
 <li>Virgínia</li>
 <li>Washington</li>
</ul>
Além disso, Guam, as Ilhas Marianas do Norte, as Ilhas Virgens Americanas e o Distrito de Columbia também legalizaram o uso recreativo.
Outros estados permitem o uso medicinal da cannabis ou possuem leis que descriminalizam a posse de pequenas quantidades. É importante notar que, apesar dessas legalizações estaduais, a cannabis permanece ilegal em nível federal nos EUA.
As políticas sobre a cannabis estão em constante evolução globalmente. Enquanto alguns países e estados avançam na legalização para uso medicinal e recreativo, outros mantêm restrições rigorosas. É essencial estar atento às legislações locais ao considerar o uso ou posse de cannabis.

A Cannabis sativa, planta da qual se extrai a maconha.

Economia

Liberação da cannabis pode gerar 328 mil empregos no Brasil

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-11/segunda-edicao-da-expocannabis-comeca-hoje-em-sao-paulo">Agência Brasil -</a> Começa nesta sexta-feira (15), na capital paulista, a segunda edição da <a href="https://expocannabisbrasil.com/" target="_blank">ExpoCannabis Brasil</a> que deve atrair, em três dias, mais de 40 mil visitantes. Os organizadores estabeleceram como objetivo mostrar ao público que o uso da cannabis vai muito além do medicinal, que permite tratamentos, por exemplo, com o óleo de canabidiol, também conhecido como óleo de CBD, e que a planta é matéria-prima em setores como a moda, a decoração, o de fertilizantes e a construção civil.&nbsp;
A maior feira de cannabis da América Latina tem, em sua programação, oficinas e sessões gratuitas de massagem com óleos essenciais, aulas de yoga e meditação. Também haverá uma praça de alimentação e fóruns que irão abordar legislação, uso medicinal e negócios do setor. Entre as atrações musicais, destacam-se os artistas Dawn Penn e Horace Andy.
Segundo a organização do evento, a meta é levar a feira de negócios de cannabis não a quem já é "convertido", ou seja, já foi convencido da eficácia de medicamentos produzidos com a planta, mas fazer as demais pessoas, incluindo as que ainda têm preconceito, ter contato com aspectos concretos da aplicação nos mais diversos contextos. Em geral, a falta de aceitação está relacionada ao uso recreativo da maconha, que se torna alvo de julgamento moral de alas mais conservadoras.
O público poderá conhecer aplicações da cannabis no âmbito da medicina, da medicina veterinária e da odontologia, já que no evento haverá explicações de representantes de empresas que atuam nesses setores e uma agenda de palestras. Os visitantes também terão a oportunidade de ver e manusear itens como tijolos e papel feitos com cânhamo, que é nada mais do que uma "prima" da maconha e pode servir para obtenção de fibras aproveitadas pelas indústrias de biocombustíveis, têxtil, entre outros ramos.&nbsp;
Maria Eugenia Riscala tem uma irmã com autismo e, por essa razão, começou a reunir, em 2015, o máximo de informações sobre a planta que conseguia. Hoje, ela é uma das sócias e CEO da <a href="https://kayamind.com/" target="_blank">Kaya Mind</a>, núcleo que surgiu com o propósito de oferecer dados abundantes sobre as diversas aplicações da cannabis sativa. Um dos aspectos que demonstram o compromisso da companhia com a regulamentação da cannabis é justamente a forma como resolveu atuar: com governos ou outras empresas.&nbsp;
"Para quem está em dúvida sobre se estão cultivando ou não no Brasil, vale a pena ver que aumentou em 8.000% o número de pedidos de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça neste ano. Mesmo sendo uma base baixa, é um percentual alto, chegando ao STJ. Imagina o juiz lá ter que contar o uso individual para 15 plantas. Por isso é que a Corte está discutindo hoje uma coisa mais ampla, porque é impossível a gente sobrecarregar o Judiciário desse jeito", afirma a empresária.
Maria Eugênia faz referência à sessão do tribunal, realizada na quarta-feira (13), em que os ministros decidiram <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2024-11/stj-autoriza-cultivo-de-cannabis-para-fins-medicinais" target="_blank">autorizar a importação de sementes e o cultivo de cannabis </a>(maconha) exclusivamente para fins medicinais, farmacêuticos e industriais.
A empresária comenta que o desconhecimento sobre a planta é geral, inclusive com avaliações deturpadas sobre o potencial econômico de seus derivados. Como evidências disso, menciona que, em quatro anos de existência, a empresa que comanda tem uma cartela de mais de 100 clientes. O site ultrapassa a marca de 100 mil acessos por mês, uma vez que se consolidou como fonte confiável de informações.
Ao constatarem a lacuna de dados e a demanda por eles, os fundadores da Kaya entenderam que seria preciso reestruturar a equipe e designar funcionários a exercer essa função. &nbsp;"Muita gente acha que é um mercado com pouca gente, mas, na verdade, é gigante", diz a CEO.&nbsp;
<h2>Anuário</h2>
De acordo com o anuário produzido pela Kaya Mind, houve, somente no período de 2023 e 2024, aumento de 34% na quantidade de empresas do segmento no Brasil. Ao analisar mais de 6 mil produtos e mais de 1,5 companhias, em um trabalho que durou mais de um ano, apuraram que, no país, o mercado de sedas, item indispensável tanto para enrolar tabaco como para o consumo de cannabis, movimentou R$ 300 milhões este ano.&nbsp;
Assim como sua sócia, Thiago Cardoso afirma que a regulamentação deveria ser prioridade para as autoridades do país e que a proibição do uso de substâncias não tem se mostrado suficiente para inibi-lo. "Como o Brasil conseguiu diminuir o <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2023-08/brasil-ocupa-papel-de-destaque-no-combate-ao-tabagismo-nas-americas" target="_blank">consumo de cigarros</a>? Com política pública", afirma.&nbsp;
Porta-voz da ExpoCannabis Uruguay, Mercedes Ponce de León disse que o fato de o país ter sido o primeiro do mundo a <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/cg6wq3l7x1lo" target="_blank">legalizar a produção</a>, a distribuição e venda de maconha, em 2013, a regulamentação não foi a ideal. "Não é esperado que a primeira seja boa", pontuou.
Mercedes afirmou que a regulamentação teve o efeito esperado pelo governo uruguaio. "Fez com que menores de idade deixassem de consumir."&nbsp;
Diretora de pesquisa do Instituto Agronômico (IAC), vinculado ao governo de São Paulo, Alessandra Alves, disse que é necessário que a comunidade acadêmica acompanhe a pauta da cannabis, pelas inúmeras possibilidades que ela tem. "É uma planta e, como planta, a agricultura tem que começar a se envolver. Como pesquisadores, temos que antever, para, na hora em que [a regulamentação] chegar, já termos soluções para apresentar ao setor."
De acordo com os idealizadores da feira, o mercado de cannabis movimenta mais de R$ 1 bilhão em headshops, growshops e marcas associadas. Apenas no Brasil, mais de 600 mil pacientes se tratam com cannabis medicinal e 2,8 milhões de adultos fazem uso regular de maconha.

Brasil

Segunda edição da ExpoCannabis começa hoje em São Paulo

247 - A ExpoCannabis 2024 espera atrair mais de 40 mil visitantes e ocupará 20 mil metros quadrados com cerca de 300 expositores de 15 a 17 de novembro na cidade de São Paulo (SP). Mais de 300 empresas estão confirmadas na exposição de 2024. Haverá representantes dos ramos medicinal, industrial (papéis e acessórios para fumar), comércio (tabacarias e headshops), bebidas (terpenadas e para harmonização, de cerveja a café), sementes e tecnologia. O mercado de cannabis mundial deve crescer para US$ 105 bilhões até 2026, e há pesquisas que indicam as perdas econômicas do Brasil por estar fora deste mercado. É a segunda edição do evento.
Até o ano passado, 430 mil pessoas se beneficiavam da cannabis medicinal no Brasil, e dados atualizados serão divulgados em breve. Estudos científicos recentes comprovam a eficácia da cannabis medicinal, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) registrou um crescimento de 93% na importação de produtos em 12 meses.
A expectativa é que a regulamentação da cannabis no Brasil avance significativamente nos próximos cinco anos, com impactos positivos em diversos setores, como a indústria têxtil, alimentícia, papel e celulose e construção civil. A ExpoCannabis desempenha um papel crucial nesse cenário, promovendo discussões sobre regulamentação, compartilhamento de melhores práticas e educação sobre os benefícios da cannabis.
"Estamos comprometidos em colaborar com legisladores, especialistas e a comunidade para promover um ambiente regulatório favorável que estimule o crescimento sustentável e responsável da indústria no país", afirmou a CEO da ExpoCannabis, Larissa Uchida.
Ao longo de 2024, peritos criminais brasileiros aguardam o estabelecimento de novas orientações para o seu trabalho, quando tiverem que examinar maconha apreendida em pequena quantidade pela polícia. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não é crime ter até 40 gramas de cannabis sativa ou seis plantas-fêmeas - que produzem flores ricas no composto psicoativo tetra-hidrocanabinol (THC).
A diversidade de expositores reflete a amplitude do mercado de cannabis e a relevância do evento como um ponto de encontro para profissionais e entusiastas da indústria. Além disso, haverá uma variedade de atrações artísticas, culturais e intelectuais.
"Espero que a ExpoCannabis continue a fortalecer sua posição como o principal ponto de encontro da indústria da cannabis no Brasil, inspirando novas parcerias, catalisando inovações e promovendo a educação sobre os benefícios e desafios do setor. O evento não apenas impulsiona o desenvolvimento econômico da indústria, mas também educa o público sobre os usos medicinais e industriais da cannabis, contribuindo para uma maior aceitação e avanço da atual regulamentação do nosso setor".
Na ExpoCannabis 2024, o público poderá visitar setores dedicados ao uso das aplicações medicinais, veterinária, na nutrição e nutrição desportiva, construção civil e indústria, além de acessórios para o uso adulto, como papéis e itens para fumar. Tabacarias e headshops e bebidas especiais (de cervejas a cafés terpenados).
A Casa Cânhamo apresentará uma exposição exclusiva de itens decorativos feitos com cânhamo, um tipo de planta. A marca brasileira, que tem produção 100% nacional, traz para o evento peças como itens de mesa posta, luminárias, almofadas, filtros de café, aventais e roupa de cama – todos disponíveis para compra.
Curiosidade: o cânhamo é utilizado desde pelo menos 9.000 aC, e as cordas das caravelas portuguesas que chegaram ao Brasil eram feitas com suas fibras. Mesmo com tantos usos, o cânhamo cometeu preconceitos e restrições devido à relação com a Cannabis Sativa.
A programação inclui desfiles de moda, exposição de objetos de decoração em cânhamo e oficinas sobre como fabricar concreto e papel com o material, proporcionando um verdadeiro mergulho no universo da planta. E para quem quer relaxar, haverá sessões gratuitas de massagem com óleos essenciais, aulas de yoga e meditação. Já os mais engajados na causa poderão fazer uma tatuagem da logo do evento (com a icônica folha) em troca de um quilo de alimento não perecível.
Entre os eventos paralelos, a Expocannabis vai promover fóruns sobre legislação, uso medicinal e negócios no setor, com um HUB exclusivo voltado ao mercado da cannabis no Brasil. Além disso, uma área dedicada à medicina trará especialistas para discutir tratamentos com canabinoides e orientar o público sobre a emissão da carteirinha digital, facilitando o acesso à cannabis medicinal.
Com quatro palcos, o evento ainda contará com shows, praça de alimentação e uma experiência sensorial com a planta, incluindo difusores e amostras de cannabis para o público conhecer de perto essa poderosa erva.
Serviços:
Dia: 15 a 17 de novembro
&nbsp;Horário: 11h às 21h&nbsp;
&nbsp;Local: São Paulo Expo - Rodovia dos Imigrantes, 1,5 KM - Vila Água Funda - São Paulo – SP
Ingressos:&nbsp;
<a href="https://www.sympla.com.br/evento/expocannabis-brasil-2024-2-edicao/2375321?referrer=expocannabisbrasil.com">&nbsp;https://www.sympla.com.br/evento/expocannabis-brasil-2024-2-edicao/2375321?referrer=expocannabisbrasil.com</a>
 
 
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